Este blog nasceu da vontade de falar sobre mistérios, magias, culturas diversas, vidas e histórias.... independente de religião....

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Crianças Índigo e Cristal

O Contrato entre Pais e Filhos

Antes de uma alma encarnar na Terra ela seleciona um local e a família que preencherá as suas necessidades espirituais de crescimento e evolução. Vocês podem estar certos que as vossas crianças os selecionaram por uma razão que as conduzirá ao crescimento delas assim como também ao vosso, pois estes contratos de alma são sempre de natureza mútua.

Os pais se responsabilizam por criar a alma que chega a seu corpo jovem assim como protegê-la e dar-lhe tudo o que necessita para sobreviver no plano material. Os pais também se responsabilizam por ajudar no desenvolvimento de quaisquer habilidades e talentos que possam fazer parte da missão espiritual da criança neste planeta.

A criança, por sua vez, responsabiliza-se em ajudar os pais a elevarem a sua consciência através da convivência com uma alma de vibração superior e de mais profunda sabedoria. Este é o caminho natural da evolução, onde a alma da criança está sempre numa espiral superior de evolução e podendo, portanto, auxiliar os pais a também evoluírem. Mas os pais necessitam estar conscientes desta dádiva.

Tantos pais adormecidos vêem suas crianças como seres vulneráveis, que necessitam ser controladas e moldadas, que são incapazes de ver a sabedoria e a dádiva que vem com cada criança.
Na futura Nova Terra, cada criança que nascer será reconhecida por sua sabedoria como alma. E os pais estarão conscientes de seu contrato com a criança, e buscarão cumpri-lo juntamente com suas obrigações materiais para o bem estar físico da criança.

Criança Índigo

Os pais que aceitam apoiar e criar uma criança da vibração Índigo concordaram em ser os zeladores de uma alma que traz uma nova forma de energia para o Planeta.

Crianças Índigo são almas pioneiras e seus pais acordaram em juntarem-se a eles para serem os pioneiros de novas formas de vida familiar e comunitária.

A missão da alma da criança é questionar e desafiar velhas formas e criar o caminho para a manifestação de novas formas. Uma criança Índigo é também sensível, amorosa, talentosa e intuitiva. Os pais responsabilizam-se em encontrar formas de estimular esta sensível e bela energia e ajudar no desenvolvimento dos dons e talentos da criança até ao ponto que puderem.

A criança, por sua vez, se compromete a ser a instrutora de novos caminhos. Mas para fazer isto precisa desafiar e questionar os velhos caminhos. A criança Índigo faz isto de duas maneiras. Primeiramente, ele ou ela questiona ou desafia todos os sistemas de crenças e “regras” que vocês ou qualquer outra pessoa tente impor a elas. Desta forma elas lhes mostrarão o que funciona para elas e o que não, e dependerá de vocês, como pais, ouvirem e aprenderem,e não tentarem impor a vossa vontade a elas.

O segundo método de ensinamento é a criança prover um “espelho” para os pais. A criança aceita os padrões disfuncionais que os pais estão a fazer prevalecer nas suas vidas. Estes padrões têm geralmente a ver com a baixa auto-estima e a não aceitação do eu. É por isto que tantos Índigos entram em padrões auto-destrutivos de abuso de drogas e promiscuidade sexual. Eles estão refletindo de volta à suas famílias e comunidades os padrões auto-destrutivos que eles aprenderam.

É também por isto que muitos pais de Indigos lutam com os padrões de comportamento aparentemente destrutivos dos adolescentes Índigos. Os pais precisam compreender que necessitam examinar os seus próprios padrões destrutivos e começar a vivenciar padrões mais amorosos e revigorantes que auxiliem a si e à suas crianças. Quantos pais preenchem suas mentes e corpos com pensamentos e substâncias tóxicas e gastam seu tempo com trabalhos que não gostam, anulando os seus verdadeiros sentimentos? A vossa criança Índigo o alertará disto e será o vosso guia para libertá-los destas formas de ser aprendidas e herdadas. Elas vos ajudarão a despertarem para quem e o que vocês são e para o que vocês são capazes quando são verdadeiros consigo mesmos.

Crianças Cristal

A criança da vibração Cristal traz um tipo diferente de contrato com os pais. Pode-se dizer que onde as Índigo são a equipe de demolição, as Cristal são os construtores. É por isto que Índigos e Cristais encarnam com tanta freqüência na mesma família. Isto permite que sejam removidas as velhas estruturas e as novas sejam construídas.

Mas uma criança Cristal é um ser de vibração muito alta e a missão de sua alma inclui trabalhar na Rede Planetária Cristal e manter a energia para facilitar a mudança global. Assim sendo, o contrato com a criança Cristal é ainda mais desafiador para os pais que precisam compreender que esta pequena criança é também uma alma sábia e poderosa cujo trabalho se estende além dos estreitos perímetros da família.

É por isto que as crianças Cristal estão frequentemente estressadas e superenergizadas. Elas estão trabalhando com as energias daqueles à sua volta, não apenas ao nível familiar, mas também ao amplo nível comunitário. O desafio é dos pais em compreenderem a natureza do trabalho do ser e alma da criança Cristal e tentarem apoiá-los de acordo.

Em retorno, a criança Cristal auxiliará no crescimento espiritual dos pais. A criança Cristal é capaz de “atrair” para a vida dos pais as pessoas e eventos que os pais necessitam para seu desenvolvimento. Isto é porque a consciência da criança Cristal frequentemente se estende de forma muito ampla e pode localizar e atrair aqueles seres que poderão ser mais benéficos naquele momento para a família. Portanto, pais de crianças Cristal frequentemente se encontram numa trilha de acelerado crescimento e desenvolvimento que é a dádiva de sua criança.

O crescimento espiritual irá auxiliar mais frequentemente a criar um nível superior de consciência dentro da família e também a criar novas formas de interação familiar e respeito. O ensinamento mais poderoso aqui é o da “Igualdade do ser”. A criança Cristal presenteia a família com energias poderosas, amorosas e criativas. É o “equivalente” dos pais e precisa ser tratada com exatamente o mesmo amor, respeito e honra.

No futuro, as crianças serão consideradas como iguais e com “direitos” iguais na família e não apenas como dependentes. As crianças serão consultadas nos assuntos familiares que as afete e lhes serão dadas opções e escolhas. Este é o ensinamento delas e seu contrato com vocês, como pais – honra, respeito, apoio e amor, que é mutuo e mutuamente benéfico.

 

[Disponível em: <http://somostodosum.ig.com.br/blog/blog.asp?id=5897>]

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

O que é uma Criança Índigo?

Uma Criança Índigo é aquela que apresenta um novo e incomum conjunto de atributos psicológicos e mostra um padrão de comportamento geralmente não documentado ainda. Este padrão tem fatores comuns e únicos que sugerem que aqueles que interagem com elas (pais em particular) mudam seu tratamento e orientação com objetivo de obter o equilíbrio. Ignorar esses novos padrões é potencialmente criar desequilíbrio e frustração na mente desta preciosa nova vida.

Existem vários tipos de Índigos, mas na lista a seguir nós podemos dar alguns dos padrões de comportamento mais comuns:
Elas vêm ao mundo com um sentimento de realeza e freqüentemente agem desta forma.

Elas têm um sentimento de "desejar estar aqui" e ficam surpresas quando os outros não compartilham isso.

Auto-valorização não é uma grande característica. Elas freqüentemente contam aos pais quem elas são.

Elas têm dificuldades com autoridade absoluta sem explicações e escolha.

Elas simplesmente não farão certas coisas; por exemplo, esperarem quietas é difícil para elas.

Elas se tornam frustradas com sistemas ritualmente orientados e que não necessitam de pensamento criativo.

Elas freqüentemente encontram uma melhor maneira de fazer as coisas, tanto em casa como na escola, o que as fazem parecer como questionadores de sistema (inconformistas com qualquer sistema).

Elas parecem anti-sociais a menos que estejam com outras do mesmo tipo. Se não existem outras crianças com o nível de consciência semelhante em volta, elas freqüentemente se tornam introvertidas, sentindo-se como se ninguém as entendesse. A escola é freqüentemente difícil para elas do ponto de vista social.

Elas não responderão à pressão por culpa do tipo: "Espere até seu pai chegar e descobrir o que você fez".

Elas não são tímidas em fazer você perceber o que elas precisam.

Tipos de Crianças Índigo

Existem quatro tipos diferentes de Índigos e cada um tem uma proposta:

Humanista: Primeiro, existe o Índigo Humanista que vai trabalhar com as massas. Eles serão os futuros doutores, advogados, professores, vendedores, executivos e políticos. Vão servir as massas e são hiperativos. São extremamente sociais. Conversam com todo mundo e fazem amizade facilmente. São desastrados do ponto de vista motor e hiperativo, como dito anteriormente, e de vez em quando, eles vão dar com a cara nos muros, pois esquecem de pisar no freio. Eles não sabem brincar com apenas um brinquedo. Ao invés disso, trazem todos para fora e os espalham. Às vezes, não tocam na maioria destes. São do tipo que têm que ser permanentemente lembrados pois freqüentemente se esquecem das ordens simples e se distraem. Por exemplo, você pede para eles arrumarem o quarto. Eles começam a arrumar e de repente encontram um livro e começam a ler porque são leitores ferozes. Certa vez, eu estava em um vôo onde estava uma criança de cerca de 3 anos que estava aprontando. Sua mãe deu-lhe o panfleto de segurança do avião e ele o abriu todo com todas as figuras. Ele permaneceu sentado, muito sério como se estivesse lendo, muito sério e intenso na concentração. Ele estudou o folheto por uns cinco minutos e eu sabia que ele não poderia ler mas ele pensava que ele estava. Este é o típico Índigo Humanista.

Conceitual: Os Índigos Conceituais estão mais para projetos do que para pessoas. Serão os futuros engenheiros, arquitetos, projetistas, astronautas, pilotos e oficiais militares. Eles não são desajeitados, ao contrário, são bem atléticos como crianças. Eles têm um ar de controle e a pessoa que eles tentam controlar na maioria das vezes é a mãe se são meninos. As meninas tentam controlar os pais. Se eles são impedidos de fazer isso, existe um grande problema. Este tipo de Índigo tem tendência para outras inclinações, especialmente as drogas na puberdade. Os pais precisam observar bem o padrão de comportamento dessas crianças quando elas começarem a esconder ou a dizer coisas tais como, "Não chegue perto do meu quarto": é exatamente quando os pais precisam se aproximar mais.

Artista: Este tipo de Índigo é muito mais sensível e freqüentemente menor em tamanho, embora isso não seja uma regra geral. Eles são mais fortemente ligados às artes. Eles são criativos e serão os futuros professores e artistas. Em qualquer campo que eles se dediquem será sempre pelo lado criativo. Se eles entrarem na medicina, eles se tornarão cirurgiões ou pesquisadores. Quando eles entrarem nas artes, eles serão o ator dos atores. Entre 4 a 10 anos eles podem pegar até 15 diferentes artes criativas - fazer uma por cinco minutos e encostar. Portanto, se diz às mães de artistas e músicos, "Não compre instrumentos, mas alugue". O Índigo Artista pode trabalhar com até 5 instrumentos diferentes e então, quando eles entrarem na puberdade, escolherão um campo e se empenharão para se tornarem artistas nessa especialização.

Interdimensional: O Índigo Interdimensional é muito maior do que os demais Índigos, do ponto de vista de estatura. Entre 1 e 2 anos de idade você não pode dizer nada para eles. Eles dizem: "Eu já sei. Eu posso fazer isso. Deixe-me sozinho". Eles serão os que trarão novas filosofias e espiritualidade para o mundo. Podem ser mais valentões porque são muito maiores e também porque não se encaixam no padrão dos outros três tipos.

Dicas para reconhecer os Índigos

Os autores listam as seguintes características para ajudar a identificar se sua criança é um Índigo:

Tem alta sensibilidade
Tem excessivo montante de energia
Distrai-se facilmente ou tem baixo poder de concentração
Requer emocionalmente estabilidade e segurança de adultos em volta dela
Resiste à autoridade se não for democraticamente orientada
Possui maneiras preferenciais no aprendizado, particularmente na leitura e matemática
Podem se tornar frustrados facilmente porque têm grandes idéias, mas uma falta de recursos ou pessoas para assistirem pode comprometer o objetivo final
Aprendem através do nível de explicação, resistindo à memorização mecânica ou serem simplesmente ouvintes.
Não conseguem ficar quietas ou sentadas, a menos que estejam envolvidas em alguma coisa do seu interesse.
São muito compassivas; têm muitos medos tais como a morte e a perda dos amados
Se elas experimentarem muito cedo decepção ou falha, podem desistir e desenvolver um bloqueio permanente.

Problemas que os Índigos podem experimentar:

Elas demandam mais atenção e sentem que a vida é muito preciosa para deixar escapar. Elas querem que as coisas aconteçam e freqüentemente forçam situações para realizarem o desejado. Os pais facilmente caem em armadilhas de fazer para a criança ao invés de desempenhar um papel na modelagem ou no compartilhamento. Uma vez que aconteça os pais serão apenas fantoches.

Estes emissários podem tornar-se emocionalmente irritados por pessoas que não entendam o fenômeno Índigo. Eles não podem compreender porque as pessoas operam em modalidades não baseadas no amor. Porém, elas são extremamente resistentes e hábeis para ajudar crianças carentes, embora esta ajuda seja freqüentemente rejeitada. Quando jovens, eles podem ter problemas de ajustamento com outras crianças.

As Crianças Índigo são freqüentemente tituladas como tendo ADD (Attention Deficit Disorder) ou alguma forma de hiperatividade. Em muitos casos são tratados com química quando deveriam ser tratados de forma diferente.

O que podemos fazer?

Estas crianças estão aqui para nos ajudar na transformação do mundo. Portanto, nós precisamos aprender com elas, principalmente escutando-as e observando-as. Não obstante, estamos relacionando algumas regras básicas que precisamos observar para não tolhermos o brilho dessas crianças:

Trate os Índigos com respeito. Honre sua existência na família.

Ajude-os a criar suas próprias soluções disciplinadas.

Dê a eles escolha em tudo.

Nunca os diminua, nunca.

Sempre explique o por quê de você dar instruções. Escute essas explicações por você mesmo. Não parece estúpida a expressão "porque eu disse que deve ser assim"? Se você concorda com a estupidez de expressões assim, então reconsidere suas instruções e as mude. Eles o respeitarão por isso e esperarão. Mas se você der a eles ordens autoritárias e ditatoriais sem bondade e razões sólidas, essas crianças o derrotarão. Elas simplesmente não vão obedecer e o que é pior, elas vão dar uma lista de motivos que desclassificam suas intenções. Algumas vezes suas razões podem ser simples, como por exemplo, "porque isso vai me ajudar hoje pois estou realmente cansado". A honestidade vencerá como nunca antes. Eles vão pensar sobre isso e acatarão.

Faça deles um parceiro no relacionamento. Pense bastante sobre este aspecto.

Quando crianças, explique tudo que você estiver fazendo para eles. Eles podem não entender, no entanto, eles perceberão sua consciência e honra por eles. Esta é uma tremenda dica antes deles aprenderem a falar.

Se problemas sérios desenvolverem, teste-os antes de iniciar tratamento baseado em drogas.

Provenha segurança no seu suporte a eles. Evite crítica negativa. Sempre deixe-os saber que você os apoiará em todos os momentos. Eles crescerão de encontro com suas verbalizações e irão surpreendê-lo durante o processo. Então, celebrem juntos. Não os faça simplesmente realizar, mas permita que eles façam com encorajamento.

Não os diga quem eles são, ou o que eles vão ser no futuro. Eles sabem melhor que você. Deixe que eles decidam suas áreas de interesse. Não os force a entrar em algum ofício familiar ou em algum tipo de negócio porque isso é que a família vem desempenhando por gerações. Estas crianças absolutamente não serão seguidores.

Dicas no relacionamento com Índigos

Os Índigos são abertos e honestos, isso não é uma vulnerabilidade mas a maior força. Se você não for aberto e honesto com eles, mesmo assim eles serão com você, no entanto, eles não o respeitarão.

Marasmo pode trazer arrogância para os Índigos, portanto não os deixe cair no marasmo. Se eles agem de forma arrogante, isso significa que eles precisam de novos desafios e novos limites. Alimente seus cérebros mantendo-os ocupados da melhor forma possível.

Pais, professores e orientadores devem estar aptos para definir e manter limites claros, ainda que suficientemente flexíveis para mudar e ajustar esses limites quando necessário, baseados no crescimento emocional e mental, pois os Índigos crescem rápido. Ser firme mas justo é necessário para a segurança deles e para nossa.

A mensagem dada e transmitida pelos adultos deve ser mais prazerosa do que dolorosa, e mais baseada no amor do que no medo.
Mantenha a criança informada e envolvida.

Evite mal-entendidos simplesmente dando explicações.

Não perca a paciência com sua criança.

Evite dar ordem (verbos no imperativo). Ao invés de ordens verbais, utilize o toque para chamar a atenção deles. Eles são muito sensíveis ao tato (toque no ombro, aperto de mão, abraço, etc).

Mantenha sua palavra.

Negocie com cada situação.

Não esconda nada e não use linguagem abusiva.

Deixe sua emoção mostrar amor e não ódio.

Se uma repreensão é dada, crie situações de dar um tempo ou folga.

Discuta a situação geradora da repreensão após seu término.

Depois de tudo, sempre reúna com a criança e reveja se houve um aprendizado e crescimento após a repreensão.

Importante:
Lembre-se que punição não funcionará com essas crianças. Punição é diferente de repreensão. Punição é baseada na culpa enquanto que repreensão é baseada num crescimento ou melhoramento.

sábado, 19 de junho de 2010

Florais de Bach II

Quem Toma os Florais de Bach

Os Florais de Bach são completamente naturais e podem ser utilizados por toda a família, ou até em plantas e animais, pois sua ação é suave.

Como Tomar os Florais de Bach

Diluir 2 gotas (4 gotas de Rescue Remedy) da essência escolhida num copo com água; tomar em pequenos goles a intervalos regulares. Repita conforme necessário.
Para a utilização de várias essências escolhidas (máximo de 7), adicione 2 gotas num frasco de 30 ml, complete com água mineral e tome 4 gotas pelo menos quatro vezes ao dia.

Se necessário, as gotas de Florais de Bach podem ser administradas puras, diretamente na língua ou, se preferir, passar nos lábios, por detrás das orelhas, nas têmporas ou pulsos. Os Florais de Bach podem ser tomados com a frequência que desejar. Se estiver se sentindo indisposto, poderá utilizar apenas uma dose. Mas se a indisposição persistir por algum tempo, poderá tomá-los quando necessário.

Rescue - Equilíbrio e Calma Interior
Sempre ao Seu Alcance

Rescue é o relaxante que você pode usar a qualquer hora e em qualquer lugar.

A jornada da vida pode ser comparada como andar na corda bamba, embora geralmente estejamos equilibrados, calmos e focados, em muitas ocasiões a vida nos traz surpresas que nos tiram do equilíbrio.
Há mais de 70 anos, um médico da Harley Street, Dr. Edward Bach, percebeu a necessidade de tratamento emergencial para ajudar as pessoas a lidar com tais situações estressantes do dia-a-dia e criou o Rescue. Ainda hoje é preparado exatamente conforme as suas orientações. O Rescue tem sido o aliado emocional de toda mulher devido a sua energia relaxante e equilibrante e é utilizado por pessoas de todo o mundo para oferecer apoio incondicional nos momentos de grande exigência.

Aliviado, Calmo e Recuperado

Caso você sinta que esteja chegando no limite, siga estas dicas simples para restaurar o equilíbrio e recuperar a calma interna onde quer que você esteja:

R

elaxe, respire fundo 10 vezes. Inale profundamente e exale lentamente.

E

xercite, aprenda algumas técnicas básicas de ioga ou simplesmente ande por 10 minutos.

S

orria, pense em momentos felizes. É praticamente impossível continuar emburrado quando o sorrido e a risada liberam a produção das endorfinas estimuladoras do humor.

C

alma, deixe que a sua imaginação lhe leve a um lugar calmo e tranquilo onde se curta a paz, serenidade e beleza.

U

se sua hora de almoço, tire um tempo para si mesmo. Uma caminhada na praça, especialmente num dia ensolarado, pode operar milagres para seu humor. Vai lhe ajudar a trabalhar com maior eficiência na parte da tarde também.

E

scape, se você for capaz, afaste-se. Ao sair da situação estressante, você pode ter tempo de restaurar alguma perspectiva.

Calma Interior, presente a todo momento

Todos os dias nossas emoções são colocadas à prova; seja pelo pavor no consultório do dentista, o nervoso antes de provas, a possibilidade de realizar a conquista amorosa tão esperada ou ficar novamente na espera eterna dos tais "serviços ao consumidor". Também existem momentos na vida em que precisamos de um pouco de apoio; no estresse dos preparativos de casamento, durante o rompimento de uma relação amorosa ou talvez a perda de um ente querido. Seja qual for a situação - a utilização imediata ou contínua do Rescue pode lhe ajudar. Tomado a qualquer hora, em qualquer lugar, o Rescue é totalmente natural e contém cinco dos 38 Florais de Bach Originais; o Rock Rose para pavor e pânico, Impatiens para a irritação e impaciência, Clematis para a desconcentração, Star of Bethlehem para o choque e Cherry Plum para pensamentos irracionais.

Forma de uso: O Rescue Spray é fácil de usar, de 2 borrifadas na língua e o Rescue em gotas coloque 4 gotas na língua ou em um copo de água. Experimente o Rescue Cream, é uma pomada de efeito balsâmico que hidrata, amacia e ajuda a manter em boas condições a pele do corpo inteiro.

Grupo Emocional

O Dr. Bach descobriu que existem sete grupos emocionais gerais, nos quais se baseou para classificar 38 essências individuais, cada uma das quais relacionadas com um estado emocional específico.


Se estiver se sentindo...

Medo
Florais Consulte...Rock Rose, Mimulus, Cherry Plum, Aspen, Red Chestnut

Incerteza
Florais Consulte...Cerato, Scleranthus, Gentian, Gorse, Hornbeam, Wild Oat

Falta de Interesse no mundo à sua volta
Florais Consulte...Clematis, Honeysuckle, Wild Rose, Olive, White Chestnut, Mustard, Chestnut Bud

Solidão
Florais Consulte...Water Violet, Impatiens, Heather

Hipersensibilidade aos outros
Florais Consulte...Agrimony, Centaury, Walnut, Holly

Desalento ou desespero
Florais Consulte...Larch, Pine, Elm, Sweet Chestnut, Star of Bethlehem, Willow, Oak, Crab Apple

Preocupação exagerada pelo bem-estar dos outros
Florais Consulte...Chicory, Vervain, Vine, Beech, Rock Water

'De Agrimony A Willow'

Se você...

Faz cara alegre para esconder os problemas
Experimente...Agrimony

Tem medos e preocupações indefinidos, pressentimentos
Experimente...Aspen

É crítico e intolerante em relação às outras pessoas
Experimente...Beech

Tem dificuldade em dizer não, vontade fraca e submissão
Experimente...Centaury

Dúvida da sua própria capacidade de julgar as situações
Experimente...Cerato

Tem medo de perder o controle mental, emocional
Experimente...Cherry Plum

Não aprende com a experiência e repete os mesmos erros
Experimente...Chestnut Bud

É demasiado possessivo e espera que os outros de adaptem aos seus valores Experimente...Chicory

É sonhador, vive no futuro e não concretiza seus ideais
Experimente...Clematis

Tem uma fraca imagem de si mesmo e sente vergonha ou embaraço devido a sintomas característicos ou traços físicos desagradáveis
Experimente...Crab Apple

Está sobrecarregado por obrigações que a vida lhe impõe
Experimente...Elm

Tem tendência de desanimar facilmente frente às dificuldades
Experimente...Gentian

Perdeu a esperança/Desistiu de lutar
Experimente...Gorse

Sofre com a solidão, necessita ser ouvido por alguém
Experimente...Heather

Florais de Bach

O que são

Quando nos sentimos bem, realizados e felizes, estamos em equilíbrio com tudo e conseguimos transmitir aos nosso familiares e amigos somente bons fluidos.

Porém, com os acontecimentos da vida, às vezes precisamos de um pouco de ajuda para alcançarmos este equilíbrio e seguirmos em frente. É nesse momento que os Florais de Bach podem ajudá-lo.

Criados por um médico inglês nos anos 30, os Florais de Bach são 38 essências de plantas e florais que podem ajudá-lo a administrar as pressões emocionais do dia-a-dia. Cada floral é indicado a uma emoção específica. Pode ser tomando individualmente ou misturado de acordo com o que estiver sentindo.

Pesquisas recentes sobre as emoções e o sistema imunológico reforçam o ponto de vista de que a saúde emocional e a saúde física estão relacionadas.
Cada vez mais, peritos médicos concordam que uma mente saudável garante realmente um corpo saudável. Os Florais de Bach podem ajudá-lo a controlar os seus sentimentos e aproveitar melhor a vida.

De Onde Vêm Os Florais de Bach

Edward Bach foi um médico de Harley Street, bacteriologista e pesquisador bem conhecido. Identificou 38 estados negativos da mente e criou uma essência floral ou de planta para cada um. Passou os últimos anos de sua vida num pequeno chalé chamado Mount Vernon e foi ali que ele concluiu suas pesquisas. Hoje Mount Vernon é mais conhecido como The Bach Centre (O Centro Bach) e os atuais responsáveis continuam a produzir as tinturas mãe (o primeiro processo na elaboração dos Florais) utilizando em muitos casos os mesmos locais identificados por Dr. Bach nos anos 30.

Somente a Assinatura Bach garante que você adquiriu os Florais de Bach Originais, elaborados como sempre foram desde os tempos de Dr. Bach, com tinturas produzidas exclusivamente no The Bach Centre em Mount Vermon.

Como Escolher O Floral de Bach Adequado

Reconhecer exatamente como estamos nos sentindo é a chave para a escolha do Floral de Bach mais apropriado. Depois, veja qual é a essência que corresponde com o seu estado de espírito. Por exemplo, se for mudar de casa e se sentir frustrado e impaciente, experimente Impatiens. E se estiver com dificuldades em se adaptar à sua nova vizinhança, experimente Wanut.

É muito difícil ser sincero com os nossos próprios sentimentos e admitir nossas fraquezas. Quando conseguimos analisar e entender do que realmente precisamos, já é meio caminho andado para equilibrar nossas emoções.

"Pessoalmente, desiludo-me com bastante facilidade e sou pessimista por natureza, mas descobri que, quando tomo Gorse, a minha disposição melhora e fico com um estado de espírito muito mais positivo." Regina Imaculada, Rio de Janeiro

"Acho que Vervain é bom para acalmar meu filho, que por vezes é um bocadinho entusiástico demais e que Larch ajuda a aumentar a confiança da minha filha. Penso que o Rescue Remedy é essencial para todos os pais e até já usei para o coelho!" Antônio Marcondes, São Paulo

"Passei por muitos períodos de mudança na minha vida, tais como cirurgia, mudança de casa e separação da minha família. Nesses tempos, utilizei Walnut para a dificuldade na adaptação às mudanças. Mimulus para medos conhecidos e Star of Bethlehem para choque e desgosto." Sônia Almeida, Porto Alegre

Grupo Emocional II

Sente ódio e ciúmes, é vingativo e revoltado
Experimente...Holly

Vive no passado, sentindo saudades ou nostalgia
Experimente...Honeysuckle

Sente preguiça, falta de energia para as situações do dia-a-dia e obrigações
Experimente...Hornbeam

É impaciente e irrita-se com facilidade
Experimente...Impatiens

Falta de confiança na sua capacidade, sente-se inferior
Experimente...Larch

Tem medos enraizados, com causas conhecidas, por exemplo, medo de aranhas, de voar, da morte, etc
Experimente...Mimulus

Sente tristeza profunda, sem causa e cíclica
Experimente...Mustard

Tem um forte sentido do dever e continua a lutar, apesar de exausto
Experimente...Oak

Falta de energia vital
Experimente...Olive

Sofre de fortes sentimentos de culpa e recrimina-se pelos erros das outras pessoas
Experimente...Pine

Sente ansiedade ou preocupação excessivas em relação aos outros
Experimente...Red Chestnut

Encontra-se numa situação que exige mais de si ou que lhe provoca stress
Experimente...Rescue Remedy

Experimentou terror, medo paralizante ou uma sensação de impotência
Experimente...Rock Rose

É inflexível e impõe a si mesmo padrões muito elevados
Experimente...Rock Water

Sofre de indecisões
Experimente...Scleranthus

Sofreu choques ou traumas do presente e do passado, está inconsolável
Experimente...Star of Bethlehem

Está em desespero profundo, buscando saída para seu sofrimento como a luz no final do túnel
Experimente...Sweet Chestnut

Está eufórico, quer convencer os outros do que você acredita
Experimente...Vervain

É muito voluntarioso e tende a ser dominador ou inflexível
Experimente...Vine

Sofre por não se adaptar às mudanças e pelas influências externas do presente e do passado
Experimente...Walnut

É reservado, sério, fechado em suas emoções e solitário
Experimente...Water Violet

Tem pensamentos indesejados e preocupações fixas que causam tormento mental
Experimente...White Chestnut

Está inseguro sobre o caminho certo na vida, insatisfeito com o seu estilo de vida atual e não consegue decidir o caminho a seguir
Experimente...Wild Oat

Faz pouco esforço para melhorar as situações, resignação
Experimente...Wild Rose

Sente ressentimento e autopiedade, "coitado de mim!"
Experimente...Willow

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Ser feliz ...

"Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes,
mas não me esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo e
que posso evitar que ela vá à falência.

Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver apesar de todos
os desafios,incompreensões e períodos de crise.

Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e
tornar-se um autor da própria história.

É atravessar desertos fora de si,
mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.

É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.

Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.

É saber falar de si mesmo.

É ter coragem para ouvir um "não".

É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.

Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo...


...

sábado, 30 de janeiro de 2010

Tuthankamon: morte

Acontecimentos após a sua morte

Tutancâmon faleceu aos dezenove anos em 1324 a.C. Uma vez que o seu túmulo não estava ainda pronto, foi sepultado num túmulo de dimensões pequenas, pouco habitual para alguém que ocupou o cargo de faraó.

A sua viúva, Akhesenamon, toma uma atitude desconcertante. Numa carta enviada a Suppiluliuma I, rei dos Hititas, a rainha pede ao soberano um dos seus filhos como marido, prometendo-lhe o trono do Egito. Os Hititas tinham sido inimigos do Egito, razão pela qual este pedido era estranho. Suppiluliuma desconfiou das intenções da rainha, julgando tratar-se de uma armadilha. Na resposta enviada perguntou à rainha onde estava o filho de Tutancâmon. Ankhesamon, despeitada, afirma que não tem filhos. Depois de refletir o rei hitita decidiu atender ao pedido da rainha, enviando um filho que seria coroado rei do Egito. Contudo, este princípe nunca chegou ao Egipto, julgando-se que foi morto no caminho por espiões enviados por Horemheb ou Ay.

Ay casaria com Akhesenamon, talvez contra vontade desta, o que lhe permitiu tornar-se rei. Teria já uma idade avançada (entre os sessenta e os setenta anos), e inexplicavelmente meses depois, a rainha morre misteriosamente, tendo sido faraó durante quatro anos, morrendo de "causas naturais" meses após Horemheb retornar de uma das várias guerras que participava. Respeitou a memória de Tutancâmon, não usurpando os seus monumentos. Foi sucedido por Horemheb que não precisou se casar com ninguém, pois já não haviam membros da família real vivos e o mesmo por ser herói de guerra, teve apoio maciço do povo, reinou durante vinte e sete anos e não deixou herdeiros.

Causa da morte

Devido à falta de elementos informativos relativos a Tutancâmon, especula-se sobre os motivos da morte do faraó.

Em 1925 foi realizada uma autópsia na múmia por Douglas Derry, tendo se considerado na época a hipótese de uma morte natural, talvez por tuberculose.

Em 1968 uma equipe da Universidade de Liverpool liderada por R.G Harrison obteve autorização para realizar raios-x à múmia. Uma ferida perto da orelha esquerda do faraó, que penetrou no crânio, produzindo uma hemorragia, foi apontada como causa da morte. Esta ferida poderia ter sido causada por um golpe ou um acidente. As radiografias mostraram como um osso tinha penetrado no crânio. Alguns investigadores avançaram com a hipótese de assassinato que teria tido como autores Ay e Horemheb. O que pelas confusões pelo poder na época é o mais provável.

Em Janeiro de 2005 a múmia foi retirada do seu sarcófago no túmulo do Vale dos Reis, tendo sido alvo de um exame no qual se recorreu à tomografia computadorizada (TC). Este exame, que teve uma duração de quinze minutos, gerou 1700 imagens.

Os novos exames descartaram a hipótese de morte por assassinato. Em Novembro de 2006 o médico Ashraf Selim, com base em novas e sofisticadas análises, apresentou novas evidências que sustentam esta teoria . Quanto ao osso encontrado no crânio julga-se que foi provocado por um erro durante o processo de embalsamento do corpo.

Em maio de 2005, egípcios, franceses e americanos reconstituíram sua face a partir de imagens de tomografia computadorizada. O rei Tut - como foi apelidado - tinha a parte posterior do crânio estranhamente alongada e o queixo retraído.

Tuthankamon: reinado

Tutancâmon ascendeu ao trono aos nove anos de idade, sucendendo no cargo a Semenkhkhare, rei sobre o qual se sabe muito pouco (segundo o egiptólogo Nicholas Reeves, Semenkhkhare seria Nefertiti com outro nome), mas, Semenkhkhare era o título dado á co-regentes dos faraós, esse citado era na realidade um nobre, chamado Panhese, da alta estirpe de Amarna que se casou com MeritAton, filha mais velha de Akhenaton, que o sucedeu após sua morte - ambos teriam sido assassinados em Amarna juntamente com quase todos seus moradores, pois "Ay" vizir na época, queria o trono para sí e sem herdeiros seria mais fácil. Por milagre, Tuthankamon e sua irmã Ankhesenamon,conseguiram sobreviver á matança e foram levados a Tebas para serem casados e coroados, ele com 9 anos e ela com 11 anos de idade.

image Tuthankamon e sua irmã Ankhesenamon

Devido à jovem idade do rei, os verdadeiros governantes durante este período foram Ay e Horemheb, dois altos funcionários do tempo de Akhenaton, que mais tarde seriam eles próprios faraós. Ay era, provavelmente amante de Tié e pai de Nefertiti. Durante o tempo de Akhenaton era o intendente dos cargos reais, tornando-se vizir, uma posição de grande prestígio que manteve durante o reinado de Tutancâmon.

No quarto ano do seu reinado o jovem rei mudou o seu nome de Tutankhaton para Tutancâmon ("imagem viva de Amon"). A sua esposa fez o mesmo, passando de Ankhesenpaaton para Ankhesenamon ("ela vive para Amon"). Esta mudança dos nomes está relacionada com a rejeição das doutrinas religiosas de Akhenaton e com a restauração dos deuses antigos. Durante a fase final do reinado de Tutancâmon a repressão sobre o culto aos outros deuses tinha se acentuado, tendo o rei mandado destruir todos os nomes de outros deuses que se achassem em inscrições, com excepção de Aton.

A situação do Egipto parecia ser catastrófica nesta época, a acreditar no texto gravado numa estela, a chamada "Estela da Restauração", que foi encontrada no terceiro pilote do templo de Amon em Karnak. Nele se afirma que os templos dos deuses estavam em pleno estado de decadência e estes, irados, tinham lançado a confusão no país. Até as expedições militares no Próximo Oriente pareciam não alcançar sucesso devido à indiferença perante os templos e os deuses.

Assim, e ainda segundo a estela, o rei terá mandado fazer novas estátuas de deuses, restaurar os seus templos, bem como os cultos diários que ali eram conduzidos pelos sacerdotes.

Tutankhaton ou Tuthankamon

Tutankhamon ou Tuthankamon foi um faraó do Antigo Egito que faleceu ainda na adolescência.

Era provavelmente filho e genro de Akhenaton (o faraó que instituiu o culto de Aton, o deus Sol) e filho de Kiya, uma esposa secundária de seu pai. Casou-se aos 10 anos com Ankhsenpaaton, sua meio-irmã que, mais tarde, trocaria o seu nome para Ankhsenamon, sendo assim, genro de Nefertiti, mãe de Ankhsenpaaton. Assumiu o trono quando tinha cerca de doze anos, restaurando os antigos cultos aos deuses e os privilégios do clero (principalmente o do deus Amon de Tebas) e morreu, aos dezenove anos, sem herdeiros.

Devido ao fato de ter falecido tão novo, o seu túmulo não foi tão suntuoso quanto o de outros faraós, mas mesmo assim é o que mais fascina a imaginação moderna pois foi uma das raras sepulturas reais encontradas quase intacta. Ao ser aberta, em 1922, ela ainda continha peças de ouro, tecidos, mobília, armas e textos sagrados que revelam muito sobre o Egipto de 3400 anos atrás.

Origens familiares

As fontes disponíveis sobre a vida de Tutancâmon referem explicitamente o nome do pai e da mãe deste rei. A sua origem real é contudo certa, como mostra uma inscrição num bloco de pedra calcária encontrado em Hermópolis onde o rei é descrito como "filho do rei, do seu corpo".

Para alguns investigadores o seu pai foi o rei Amen-hotep III (ou Amenófis III, segundo a versão helenizada do nome), enquanto que outros defendem ter tido como pai o filho e sucessor deste, Amen-hotep IV, que mais tarde mudaria o seu nome para Akhenaton em resultado das concepções religiosas que faziam do deus Aton a divindade mais importante.

Para apoiar a tese da paternidade de Amen-hotep aponta-se as várias inscrições nos muros e na colunata do templo de Luxor, feitas no tempo de Tutancâmon, nas quais o jovem rei refere-se a Amen-hotep como seu pai. Contudo, deve ser salientado que no Antigo Egipto o termo "pai" tinha um sentido amplo, podendo ser utilizado para se referir a um avô ou até mesmo a um antepassado longínquo. A ser filho de Amen-hotep III, poderia ter tido como mãe a grande esposa real deste soberano, Tié, mas segundo historiadores, sendo Akhenaton proscrito, era mais interessante que se pensasse que Amen-hotep III era seu pai. No túmulo de Tutancâmon no Vale dos Reis encontrou-se uma madeixa de cabelo desta rainha. Para reforçar ainda mais esta tese apontam-se as semelhanças físicas entre Tié e Tutancâmon, mas a mesma era sua avó paterna.

Outra hipótese relativa os progenitores de Tutancâmon, a mais aceita hoje em dia, aponta como seus pais Akhenaton e uma esposa secundária deste, Kia. Esta rainha poderia ter uma origem estrangeira, talvez mitânia. Uma cena num relevo do túmulo de Akhenaton, no qual a família real lamenta a morte de um membro, é interpretado como uma alusão à morte de Kia durante um parto, sendo este justamente o parto de Tutancâmon. Sabe-se pouco sobre Kia, mas os últimos dados que se conhecem desta figura referem-se ao ano 11 do reinado de Akhenaton, data que se considera mais ou menos coincidente com o nascimento de Tutancâmon.

O desaparecimento de Nefertiti

Nefertiti acompanhou o seu marido lado a lado em seu reinado porém, a certa altura, no ano 12 do reinado de Amen-hotep ela esvanece e não é mais mencionada em qualquer obra comemorativa ou inscrições e parece ter sumido sem deixar quaisquer pistas.

Este desaparecimento foi interpretado inicialmente como uma queda da rainha, que teria deixado de ser a principal amada do faraó, preterida a favor de Kiya. Objectos da rainha encontrados num palácio situado no bairro norte de Amarna sustentam a visão de um afastamento. Hoje em dia considera-se que o mais provável foi o contrário: Kiya foi talvez afastada por uma Nefertiti ciumenta.

Uma hipótese que procura explicar o silêncio das fontes considera que Nefertiti mudou novamente de nome para Ankhetkheperuré Nefernefernuaton. Esta mudança estaria relacionada com a sua ascensão ao estatuto de co-regente. Ainda segundo a mesma hipótese quando Akhenaton faleceu, Nefertiti mudou novamente de nome para Ankhetkheperuré Semenkharé e governou como faraó durante cerca de dois anos. Há ainda outra hipótese, como os sacerdotes de Amon não aceitavam o Deus Aton como único do Egipto, eles teriam mandado assassinar Nefertiti pois a consideravam o braço direito de Akhenaton, sua morte teria desestabilizado o faraó que tinha em sua figura o apoio indiscutível para o Projeto do "Deus Único" representado por Aton, cerca de dois anos depois, Akhenaton veio a falecer de forma misteriosa, assim, sua filha primogênita com Nefertiti - Meritaton, foi elevada ao estatuto de "grande esposa real". O seu reinado foi curto, pois segundo historiadores, ela, seu marido e outros habitantes de Amarna na época foram assassinados e proscritos. Restando de sangue real apenas, Tuthankamon então com 9 anos e sua outra irmã Ankhesenamon com 11 anos.

Obs.: muitos especialistas acreditam que esta pessoa foi um filho de Akhenaton. Já outros egiptólogos, como o professor David O'Oconnor da Universidade de Nova York (New York University), especulam: Poderia se tratar de amor entre iguais, entre dois homens, dadas as características singulares de Akhenaton?

Nefertiti em Akhetaton

Akhenaton decidiu igualmente a construção de uma nova capital para o Egipto dedicada a Aton, que recebeu o nome de Akhetaton ("O Horizonte de Aton"). A cidade situava-se a meio caminho entre Tebas e Mênfis, sendo o lugar onde se encontram hoje as suas ruínas conhecido como Amarna. A cidade foi inaugurada no oitavo reinado de Akhenaton. Demorando apenas 3 anos para ficar pronta.

Um talatat (bloco de pedra) de Hermópolis (perto de Amarna) mostra a rainha Nefertiti a destruir o inimigo do Egipto, personificado por mulheres prisioneiras, numa cena que até então tinha sido reservada aos reis desde os tempos da Paleta de Narmer.

Vida familiar

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Estela que representa a família real. Museu Egípcio do Cairo.

Nefertiti teve seis filhas com Akhenaton: Meritaton, Meketaton, Ankhesenpaaton, Neferneferuaton, Neferneferuré e Setepenré. Pensa-se que as três primeiras filhas nasceram em Tebas antes do sexto ano de reinado e as três últimas em Akhetaton entre o sexto e o nono ano de reinado.

A segunda filha do casal, Meketaton, faleceu pouco antes do décimo segundo ano de reinado, como mostra uma cena que representa Akhenaton e Nefertiti a chorar diante do leito de morte da filha, essa filha teria morrido afogada. Durante o reinado de Akhenaton espalhou-se por todo Egypto uma peste, além de um surto de malária, conhecido na época como "doença mágica" que matou 3 filhas do casal, além de quase ceifar a vida de Tuthankamon.

A família real é representada em várias estelas em cena de intimidade familiar, com Nefertiti a amamentar uma filha ou com o casal a brincar com estas enquanto recebe os raios de Aton, que terminam em mãos com o símbolo do ankh. Trata-se de representações até então não presentes na arte egípcia.

Duas filhas de Nefertiti. Fragmento de uma pintura mural de Amarna c. 1360 a.C.Ashmolean Museum

Um aspecto que gera alguma perplexidade nestas representações são os crânios alongados dos membros da família real. Akhenaton, por exemplo, surge em estátuas e relevos como um homem muito diferente da norma e representado fora dos padrões rígidos da cultura milenar da época, exibindo femininos e andróginos, com uma cintura fina, porém com quadris largos e coxas decididamente femininas. Além disso, em várias obras os seus seios são aparentes. A sua face também aparece alongada e com lábios carnudos, femininos e sensuais. Para alguns estas características indicariam que a família sofreria de síndrome de Marfan, enquanto que outros consideram tratar-se de uma mera tendência estética exagerada, que visava criar novos padrões estéticos à semelhança do que tinha acontecido no campo da religião, segundo historiadores, Akhenaton queria mostrar nessas esculturas que somos muito mais que imagens, e pedia para ser retratado dessas formas para escandalizar os co-cidadãos, e também pelo fato de querer mostrar que ele era o "Grande esposo real" de Nefertiti, que assumiu a direção do Egypto como co-regente, deixando Akhenaton livre para ser o sumo sacerdote de Aton, as únicas imagens reais de Akhenaton e Nefertiti foram esculpidas em suas tumbas mortuárias, onde mostram claramente que Nefertiti era a mulher mais bela da época e Akhenaton não tinha os traços dos egípcios conhecidos.

Com Kia, uma esposa secundária, Akhenaton teve dois filhos, Nebnefer, que morreu durante o surto de peste e Tutankhaton que depois que voltou á Tebas foi obrigado a mudar seu nome para Tuthankamon, pois depois da morte de Akhenaton, o Deus Aton, foi proscrito por alguns anos.Kia teria morrido no parto de Tutankhamon, e a mesma serviu apenas para dar a Akhenaton dois filhos homens para continuar o reinado, visto que Nefertiti não conseguia gerar filhos varões.

Casamento com Akhenaton

Não se sabe que idade teria Nefertiti quando casou com Amen-hotep (o futuro Akhenaton). A idade média de casamento para as mulheres no Antigo Egipto eram os treze anos e para os homens os dezoito. É provável que tenha casado com Amen-hotep pouco tempo antes deste se tornar rei.

O seu marido não estava destinado a ser rei. Devido à morte do herdeiro, o filho mais velho de Amen-hotep III, Tutmés, Amen-hotep ocupou o lugar destinado ao irmão. Alguns autores defendem uma co-regência entre Amen-hotep III e Amen-hotep IV, mas a questão está longe de ser pacífica no meio egiptológico. A prática das co-regência era uma forma do rei preparar uma sucessão sem problemas, associando um filho ao poder alguns anos da sua morte.

Nos primeiros anos do reinado de Amen-hotep começaram a preparar-se as mudanças religiosas que culminariam na doutrina chamada de "atonismo" (dado ao facto do deus Aton ocupar nela uma posição central). Amen-hotep ordenou a construção de quatro templos dedicados a Aton junto ao templo de Amon em Karnak, o que seria talvez uma tentativa por parte do faraó de fundir os cultos dos dois deuses. Num desses templos, de nome Hutbenben (Casa da pedra Benben), Nefertiti aparece representada como a única oficiante do culto, acompanhada de uma filha, Meketaton. Esta cena pode ser datada do quarto ano do reinado, o que é revelador da importância religiosa desempenhada pela rainha desde o início do reinado do seu esposo.

No ano quinto do reinado, Amen-hotep IV decidiu mudar o seu nome para Akhenaton, tendo Nefertiti colocado diante do seu nome de nascimento o nome Nefernefernuaton, "perfeita é a perfeição de Aton". Nefertiti passou a partir de então a ser representada com a coroa azul, em vez do toucado constituído por duas plumas e um disco solar, habitual nas rainhas egípcias.

Durante algum tempo defendeu-se que Akhenaton teria introduzido pela primeira vez na história do mundo o conceito do monoteísmo, impondo às classes sacerdotais e populares o conceito de um só deus, o deus do sol, onde o disco solar representava o deus sol que regia sobre tudo na face da terra. Hoje em dia porém considera-se que seria um henoteísmo exacerbado. Os muitos templos que celebravam os deuses tradicionais do Egito foram todos rededicados pelo rei ao novo deus por ele imposto. Especula-se que esta pequena revolução, entre outros possíveis objetivos, possa ter servido para consolidar e engrandecer ainda mais o poder e importância do faraó. Após o reinado de Akhenaton, o Egito antigo voltaria às suas práticas religiosas politeístas.

Nefertiti

Nefertiti (c. 1380 - 1345 a.C.) foi uma rainha da XVIII dinastia do Antigo Egipto, esposa principal do faraó Amen-hotep IV, mais conhecido como Akhenaton.

Raízes familiares

As origens familiares de Nefertiti são pouco claras. O seu nome significa "a mais Bela chegou", o que levou muitos investigadores a considerarem que Nefertiti teria uma origem estrangeira, tendo sido identificada por alguns autores como Tadukhipa, uma princesa do Império Mitanni (império que existiu no que é hoje a região oriental da Turquia), filha do rei Tushratta. Sabe-se que durante o reinado de Amen-hotep III chegaram ao Egito cerca de trezentas mulheres de Mitanni para integrar o harém do rei, num gesto de amizade daquele império para com o Egito; Nefertiti pode ter sido uma dessas mulheres, que adotou um nome egípcio e os costumes do país.

Contudo, nos últimos tempos tem vingado a hipótese de Nefertiti ser egípcia, filha de Ay, alto funcionário egípcio responsável pelo corpo de carros de guerra que chegaria a ser faraó após a morte de Tutankhamon. Ai era irmão da rainha Tié, esposa principal do rei Amen-hotep III, o pai de Akhenaton; esta hipótese faria do marido de Nefertiti o seu primo. Sabe-se que a família de Ai era oriunda de Akhmin e que este tinha tido uma esposa que faleceu (provavelmente a mãe de Nefertiti durante o parto), tendo casado com a dama Tié.

De igual forma o nome Nefertiti, embora não fosse comum no Egito, tinha um alusão teológica relacionada com a deusa Hathor, sendo aplicado à esposa real durante a celebração da festa Sed do rei (uma festa celebrada quando este completava trinta anos de reinado).

Akhenaton: Últimos anos

Akhenaton reinou por cerca de 17 anos. Aproximadamente no ano 15 do seu reinado surge um misterioso co-regente chamado Smenkhkare. Alguns egiptólogos acreditam que Smenkhkare era a rainha Nefertiti que assumiu atributos de faraó para tornar suave a transição de governo para o herdeiro do trono que, nessa época, deveria ter por volta de quatro anos de idade. Outros acreditam que ele era, na verdade, o filho mais velho de Akhenaton e irmão de Tutankhamon, que lhe sucedeu.

Seja como for, nada se sabe sobre Nefertiti após o ano 15. Na opinião de Cyril Aldred, Nefertiti morreu no ano 13 ou 14 do reinado de Akhenaton. Kia também teria desaparecido mais ou menos na mesma altura que Nefertiti e Meritaton, filha de Akhenaton e Nefertiti, tornou-se a primeira dama do reino.

Nada se sabe sobre a morte de Akhenaton a não ser que faleceu no 17.º ano de seu reinado. A sua múmia foi talvez queimada ou colocada no Vale dos Reis. Suspeita-se que tenha sido assassinado a mando dos sacerdotes, prejudicados por sua administração austera.

Smenkhkare reinou por cerca de dois anos até que, aos oito anos de idade, o jovem Tutankhaton foi elevado ao trono do Egito. Seu breve reinado (ele morreu quando tinha aproximadamente 18 anos de idade) foi marcado pela reaproximação da família real com o clero tebano do deus Amon. Tanto que o faraó recém entronizado trocou o seu nome para Tutankhamon (a imagem viva de Amon), selando uma certa paz com os sacerdotes de Tebas e com as antigas tradições egípcias. As radiografias feitas na múmia de Tutankhamon mostram um golpe no crânio, o que levanta a hipótese de ter sido assassinado. Tutankhamon foi sucedido por Aye, que reinou três anos, e este por sua vez foi sucedido por Horemheb.

A arte de Amarna

O reinado de Akhenaton assistiu à emergência da chamada "arte amarniana", que se caracteriza por um lado pelo naturalismo (abundância de plantas, flores e passáros) e por outro lado, por uma representação mais realista das personagens que por vezes atinge o ponto da caricatura. A arte oficial apresenta o rei com uma fisionomia andrógina, com um crânio alongado, lábios grossos, ancas largas e ventre proeminente.

Busto de Akhenaton. Museu de Alexandria, Egito.

Possivelmente Akhenaton era portador de algum tipo de deficiência. Tem sido também sugerido que teria uma doença genética rara que transmitiu aos seus descendentes, como a Síndrome de Marfan ou a síndrome de Fröhlich. Se este fosse o caso, Nefertiti e os altos dignitários também sofreriam de alguma destas doenças visto que surgem representados da mesma forma, o que em parte parece descartar esta hipótese.

Para alguns autores, esta iconografia seria uma manifestação artística que visava romper com os canônes do passado (tal como Akhenaton fizera no domínio religioso) e afirmar a singularidade da família real.

Atribui-se a Akhenaton igualmente talentos na poesia. O faraó teria sido autor do famoso "Hino a Aton" que apresenta semelhanças com o Salmo 104 da Bíblia.

Amarna

Amarna, El Amarna ou Tell el-Amarna é o nome actual em árabe de uma localidade que funcionou como capital do Antigo Egipto durante o reinado do faraó Akhenaton (também conhecido como Amen-hotep IV ou Amenófis IV), sendo então designada como Akhetaton ("O Horizonte de Aton"). Está situada na margem oriental do rio Nilo na província egípcia de Al Minya, a cerca de 312 quilómetros a sul da cidade do Cairo.

HISTÓRIA

Akhenaton, faraó da XVIII Dinastia egípcia, decidiu pouco tempo depois de subir ao trono, introduzir mudanças religiosas que faziam do deus Aton a única divindade digna de receber culto. Para alguns, ele teria sido o primeiro a professar o monoteísmo, embora alguns investigadores considerem que este culto a Aton seria mais uma forma de henoteísmo. Após instituir o culto à Aton como sendo o único culto permitido em todo seu reino, Akhenaton ordenou sistemática destruição aos templos dos demais deuses egípcios, em especial Amon, já que seus sacerdotes e preceptores eram seus maiores rivais, ao nível político e religioso.

O faraó decidiu fundar uma nova cidade que funcionasse como sede para o novo culto religioso, tendo escolhido uma região entre Mênfis e Tebas, duas importantes cidades do Antigo Egipto. Akhenaton declarou que tinha sido o próprio deus Aton a informar-lhe o local onde deveria ser construída a nova cidade.

Sabe-se que a cidade abarcou uma extensão de catorze quilómetros ao longo da margem do Nilo com treze quilómetros de largura. A cidade estava limitada por várias estelas (catorze) que simbolicamente limitavam o espaço da cidade sagrada.

Com a morte de Akhenaton, a cidade deixou de ser capital, sendo essa novamente Tebas.

Estrutura da cidade

Amarna estava dividida em vários sectores que estavam ligados por uma avenida paralela ao rio, designada nos textos como "Caminho Real". Era neste caminho que Akhenaton e Nefertiti passeavam no carro perante os seus súbditos, acompanhos pela comitiva real.

O bairro norte

Esta área estava estrutura em torno de um palácio cercado por uma muralha que servia como residência do soberano, o Palácio da Margem Norte.

O bairro central: Grande Templo de Aton

O Grande Templo de Aton, orientado no sentido este-oeste, estava cercado por uma muralha de 760 mx290 m. Ao contrário de outros templos egípcios não era coberto por um telhado devido à própria natureza do deus Aton, que não habitava numa estátua situada numa sala escura do templo, mas que se manifestava através dos raios solares. A entrada principal era formada por dois pilones que conduziam a um edifício chamado Per Hai. Seguiam-se seis pátios ao ar livre, cada um com dimensões inferiores ao precedente, que formavam o Gem Aten, o lugar onde Aton morava. Este edifício tinha 365 altares quadrangulares construídos em pedra que serviam para se realizarem a oferendas a Aton, estando o número relacionado com o número de dias do calendário egípcio.

Governo de Akhenaton

Akhenaton deixou-se absorver pelo sua devoção a Aton, ou talvez pela sua personalidade artista e pacifista, descuidando os aspectos práticos da administração do Egipto. Perante este desinteresse, Aye e o general Horemheb, duas personalidades que mais tarde se tornariam faraós, desempenharam um importante papel no governo.

Entre o ano 8 e o ano 12 sabe-se que Akhenaton desencadeou uma perseguição aos antigos deuses, e em particular, aos deuses que estavam associados à cidade de Tebas, Amon, Mut e Khonsu. O faraó ordenou que os nomes destes deuses fossem retirados de todas as inscrições em que se encontravam em todo o Egipto. Esta situação atingiu directamente não só os sacerdotes, mas a própria população. As descobertas da arqueologia mostram que os donos de pequenos objectos retiraram os hieróglifos do deus Amon deles, numa atitude de autocensura, temendo represálias.

No ano 12 ocorreu um grande festival em Akhetaton, cujo motivo exacto não se conhece. Seria talvez uma espécie de refundação da cidade de Aton. No palácio real foram recebidas delegações da Ásia, Líbia, Núbia e das ilhas do Egeu.

O império que o Egipto tinha construído ao longo das últimas décadas desintegrava-se aos poucos, possivelmente porque Akhenaton seria um pacifista, não desejando, portanto, manter reinos vassalos nem uma política militar imperialista. No Médio Oriente o Egipto tinha os seus aliados e parece que o faraó não atendeu aos seus pedidos de ajuda, face à ameaça hitita. Este povo acabará por conquistar o Médio Oriente, tomando os portos da Fenícia; os Mitânios, aliados do Egipto, são varridos do mapa. Povos beduínos invadem a Palestina e conquistam Jerusalém e Megido. Ao sul, o Egipto perde o controle sobre as minas de ouro da Núbia fundamentais para o comércio egípcio.

Akhetaton, a nova capital do Egipto

No ano 6, Akhenaton decide abandonar Tebas para fundar uma nova cidade dedicada a Aton. Ao contrário de outros deuses, Aton não tinha ainda um local de culto próprio e Akhenaton decide-se por criar um. O local escolhido situa-se entre Mênfis e Tebas, na margem direita do Nilo e recebeu o nome de Akhetaton ("o horizonte de Aton"); actualmente as ruínas deste local são conhecidas como Amarna, o nome da aldeia egípcia próxima.

Os terrenos em redor da cidade eram favoráveis à prática agrícola e a criação, assegurando o abastecimento dos seus futuros habitantes. A cidade foi construída em quatro anos. Parte da população que se fixou na nova capital seria oriunda de Tebas, sendo composta pelos agricultores, militares, escribas e artífices que acompanharam o rei no seu projecto. Julga-se que Akhetaton teve uma população de cerca de vinte mil habitantes. O urbanismo da cidade caracterizava-se pela simplicidade, com grandes avenidas.

No centro da cidade encontrava-se o grande templo de Aton, que tinha cerca de oitocentos metros de comprimento e trezentos metros de largura. A sua arquitectura era completamente diferente de outros templos da XVIII Dinastia: não tinham salas escuras, onde se realizava o culto, mas vários pátios ao ar livre que levavam ao altar do deus. Sendo dedicado a uma divindade solar, não fazia sentido a escuridão das salas; uma estrutura ao ar livre permitia a presença dos raios de Aton.

O palácio real tinha cerca de oitocentos metros, erguendo-se ao longo do eixo principal da cidade,e anexo a ele o faraó possuía um templo particular para suas meditações e orações,que era chamado 'o castelo de Aton'. Ali eram realizados os rituais privados do rei para fazer levantar o Sol da justiça de todas as manhãs. Era uma cerimônia em que o faraó procurava manter a mente limpa e em paz no novo dia que nascia. Só através da influência benéfica dos planos superiores ele poderia julgar e decidir o rumo do Egito com sabedoria e justiça. À norte deste palácio encontrou-se aquilo que seria uma espécie de jardim zoológico. Os altos funcionários possuíam grandes quintas, com os seus jardins.

Uma avenida cortava a cidade de norte a sul. Essa grande avenida tinha mais de trinta e oito metros de largura; talvez tenha sido a maior rua do mundo antigo. O objetivo daquela extensa largura era promover desfiles de carruagens da família real e ser um grande largo para as festividades populares ao deus Aton. A cidade completa, incluindo suas demais ruas internas, dispersava-se para todos os lados em vinte e sete quilômetros, abrangendo os subúrbios de ambas as extremidades. Ali foram construídos templos e moradias para a classe média, composta de arquitetos artesãos e escribas. Al´m do bairro norte, construiu-se uma aldeia para obrigar os trabalhadores mais modestos, que trabalhavam as pedras e fabricavam os tijolos de barro para as construções.

Akhenaton teve seis filhas com Nefertiti. Com uma rainha secundária, chamada Kia, Akhenaton teve um menino chamado Tutankhaton (a imagem viva de Aton) que se tornou príncipe herdeiro do trono do Egito.

De Amen-hotep [Amenófis IV] a Akhenaton

No ano 5 do seu reinado o jovem rei decide mudar de nome. De Amen-hotep, nome que significa "Amon está satisfeito" muda para Akhenaton o que significa "o espírito actuante de Aton", o que representou o seu repúdio ao deus Amon. O rei declarou-se também filho e profeta de Aton, uma divindade representada como um disco solar. Akhenaton instituiu o deus Aton como a única divindade que deveria ser cultuada, sendo o próprio faraó o único representante dessa divindade.

No entanto, o deus Aton não era um deus novo no panteão egípcio. Aton era considerado pelos egípcios como uma manifestação visível do deus Rá-Horakhti e já era mencionado nos Textos das Pirâmides, que são os textos de carácter religioso mais antigos encontrados no Egito. O que há de novo na religião introduzida por Akhenaton é o lugar central de Aton, remetendo outros deuses ao desaparecimento ou a uma posição secundária. Dessa forma, Akhenaton pode ser considerado o criador da idéia do Monoteísmo.

Não se sabe ao certo qual teriam sido as motivações de Akhenaton para tomar esta atitude. Aponta-se o poderio do clero de Amon, que possuía terras na Ásia e na Núbia, assim como pedreiras, minas e rebanhos. Todos estes bens seriam transferidos por Akhenaton para o templo de Aton que mandou construir numa nova cidade, Akhetaton.

Akhenaton: O reinado em Tebas

Akhenaton tornou-se rei aos quinze anos por volta de 1364 a.C. Os investigadores dividem-se em torno de uma possível co-regência de Amen-hotep III e do seu filho, não existindo certeza a este respeito. Associar um filho ao trono ainda em vida de faraó foi um recurso utilizado por vários reis egípcios de modo a garantir uma sucessão sem problemas.

Quando os reis egípcios subiam ao trono adoptavam cinco nomes, que de certa forma indicavam o programa simbólico do novo monarca. Estes cinco nomes são conhecidos como a titulatura e no caso de Amen-hotep IV foram os seguintes:

  • Nome de Hórus: Touro poderoso com as duas altas plumas
  • Nome das Duas Damas: Grande é a sua realeza em Karnak
  • Nome do Hórus de Ouro: O que leva as coroas de Hermontis
  • Rei do Alto e Baixo Egipto: Maravilhosas são as manifestações de Rá
  • Filho de Rá: Amen-hotep, divino regente de Tebas

Pensa-se que nesta altura já estaria casado com Nefertiti, a sua famosa esposa. Durante muito tempo defendeu-se que Nefertiti teria uma origem estrangeira, devido ao fato do seu nome significar "a bela chegou", mas atualmente a maioria dos investigadores considera que ela seria egípcia, talvez natural da cidade de Akhmim. A união entre ambos parece ter sido imposta pela mãe, que seria tia de Nefertiti; no entanto, entre os dois desenvolveu-se um grande afeto e Nefertiti alcançou um protagonismo político sem antecedentes entre as esposas reais.

image Akhenaton e Nefertiti

Em Tebas, bem como em Mênfis e em Hermopólis, Amen-hotep iniciou um programa de obras públicas. Em volta do templo de Amon em Karnak (Tebas) mandou construir quatro templos dedicados a Aton, o que para alguns autores seria uma tentativa de realizar uma fusão entre os dois deuses.

Um dos mais interessantes destes templo é o conhecido como o "Hutbenben", o que significa casa de Benben. Benben era o monte inicial a partir do qual surgiu o deus Aton (uma manifestação do deus solar), que iniciou a criação do mundo. Neste templo vê-se como oficiante a rainha Nefertiti, acompanhada de uma filha, Meketaton, o que mostra o papel central desempenhado pela rainha nas concepções religiosas de Akhenaton.

Para se conseguir criar estes templos em pouco espaço de tempo os engenheiros de Amen-hotep recorreram a uma nova técnica. Dado que estes templos foram concebidos sem a necessidade de telhado, as paredes não tinham que ser tão robustas. Os construtores cortaram blocos de pedra com cerca de 50 cm de comprimento e 25 cm de largura e altura, que são conhecidos hoje como "talatat" ("árvore" em árabe). Recorrendo a estes blocos os pedreiros construíram os templos.

No ano 3 do seu reinado Amen-hotep celebrou o festival "sed". Estes festivais eram celebrados quando o faraó fazia trinta anos de reinado. Não se sabe a razão que levaria Amen-hotep a celebrar este festival tão cedo. O que sabe é que no festival apenas mencionou o nome do deus Aton. As cerimónias do "sed" tiveram lugar numas das estruturas referidas anteriormente, conhecida como o Guemetpaaton.

Akhenaton

Akhenaton, cujo nome inicial foi Amen-hotep IV (ou, na versão helenizada, Amenófis IV), foi um grande faraó da XVIII Dinastia egípcia. A historiografia credita esta personalidade com a instituição de uma religião monoteísta entre os egípcios, numa tentativa de retirar o poder político das mãos dos sacerdotes, principalmente aqueles do deus Amon da cidade de Tebas.

Para concentrar o poder na figura do faraó, ou para apenas retirar o poderio dos sacerdotes, Akhenaton instituiu o deus Aton como a única divindade que deveria ser cultuada, sendo o próprio faraó o único representante e mediador dessa divindade. Outras fontes acreditam que Akhenaton apenas queria retirar o poder dos sacerdotes, que em muito influenciavam a vida política dos egípcios, de forma muitas vezes nocivas.

 

Origens familiares

Amen-hotep era filho de Amen-hotep III, o nono rei da XVIII Dinastia e da rainha Tié. Cresceu no palácio de Malkata, localizado a sul da cidade de Tebas. Durante o reinado do seu pai o Egito viveu uma era de paz, prosperidade e esplendor artístico. Não se sabe muito sobre a sua infância, dado que não era hábito entre os antigos Egípcios documentar a vida das crianças da família real. Teve provavelmente como preceptor Amen-hotep Filho de Hapu e ao que parece enquanto jovem era fisicamente débil, não lhe agradando as actividades relacionadas com a caça e o manejo de armas.

Amen-hotep não estava destinado a ser rei do Antigo Egito. Este lugar iria ser ocupado pelo seu irmão mais velho, o príncipe Tutmés, que era filho de Amen-hotep III com Gilukhipa, uma esposa secundária filha do rei de Mitanni. Porém, Tutmés morreu antes do ano 30 do reinado do pai (possivelmente no ano 26) e Amen-hotep acedeu à categoria de "Filho Maior do Rei", ou seja, herdeiro do trono.

Amen-hotep tinha sido criado para ser sacerdote do templo de Heliópolis, cidade do Baixo Egipto que era o centro do culto do deus solar . Quando o seu irmão faleceu é possível que também tenha herdado o cargo de sumo-sacerdote de Ptah, deus associado aos artistas.