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sábado, 30 de janeiro de 2010

Amarna

Amarna, El Amarna ou Tell el-Amarna é o nome actual em árabe de uma localidade que funcionou como capital do Antigo Egipto durante o reinado do faraó Akhenaton (também conhecido como Amen-hotep IV ou Amenófis IV), sendo então designada como Akhetaton ("O Horizonte de Aton"). Está situada na margem oriental do rio Nilo na província egípcia de Al Minya, a cerca de 312 quilómetros a sul da cidade do Cairo.

HISTÓRIA

Akhenaton, faraó da XVIII Dinastia egípcia, decidiu pouco tempo depois de subir ao trono, introduzir mudanças religiosas que faziam do deus Aton a única divindade digna de receber culto. Para alguns, ele teria sido o primeiro a professar o monoteísmo, embora alguns investigadores considerem que este culto a Aton seria mais uma forma de henoteísmo. Após instituir o culto à Aton como sendo o único culto permitido em todo seu reino, Akhenaton ordenou sistemática destruição aos templos dos demais deuses egípcios, em especial Amon, já que seus sacerdotes e preceptores eram seus maiores rivais, ao nível político e religioso.

O faraó decidiu fundar uma nova cidade que funcionasse como sede para o novo culto religioso, tendo escolhido uma região entre Mênfis e Tebas, duas importantes cidades do Antigo Egipto. Akhenaton declarou que tinha sido o próprio deus Aton a informar-lhe o local onde deveria ser construída a nova cidade.

Sabe-se que a cidade abarcou uma extensão de catorze quilómetros ao longo da margem do Nilo com treze quilómetros de largura. A cidade estava limitada por várias estelas (catorze) que simbolicamente limitavam o espaço da cidade sagrada.

Com a morte de Akhenaton, a cidade deixou de ser capital, sendo essa novamente Tebas.

Estrutura da cidade

Amarna estava dividida em vários sectores que estavam ligados por uma avenida paralela ao rio, designada nos textos como "Caminho Real". Era neste caminho que Akhenaton e Nefertiti passeavam no carro perante os seus súbditos, acompanhos pela comitiva real.

O bairro norte

Esta área estava estrutura em torno de um palácio cercado por uma muralha que servia como residência do soberano, o Palácio da Margem Norte.

O bairro central: Grande Templo de Aton

O Grande Templo de Aton, orientado no sentido este-oeste, estava cercado por uma muralha de 760 mx290 m. Ao contrário de outros templos egípcios não era coberto por um telhado devido à própria natureza do deus Aton, que não habitava numa estátua situada numa sala escura do templo, mas que se manifestava através dos raios solares. A entrada principal era formada por dois pilones que conduziam a um edifício chamado Per Hai. Seguiam-se seis pátios ao ar livre, cada um com dimensões inferiores ao precedente, que formavam o Gem Aten, o lugar onde Aton morava. Este edifício tinha 365 altares quadrangulares construídos em pedra que serviam para se realizarem a oferendas a Aton, estando o número relacionado com o número de dias do calendário egípcio.

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