Este blog nasceu da vontade de falar sobre mistérios, magias, culturas diversas, vidas e histórias.... independente de religião....

quarta-feira, 13 de julho de 2011

O legado de Ana Luiza

 

Publicado Terça-feira, 12 Julho, 2011 . 11:22 AM hs
Por Ismael Benigno

 

Domingo à tarde, quando chegava à funerária Almir Neves para o velório da Aninha, pude ouvir calorosos aplausos lá em cima, enquanto subia as escadas.

Perguntei a alguém o que tinha ocorrido, e um amigo contou que a Carol, mãe da Ana, tinha acabado de falar. Agradecia as orações de todos, conhecidos e desconhecidos, e aproveitava pra chamar a atenção de todos para o problema alheio.

De todas as lições que tirei da história da Ana, a solidariedade talvez tenha sido a maior. A solidariedade de gente do país inteiro, orando pela saúde de uma pequena desconhecida, mas também a solidariedade dos pais da Ana, Carol e Marcos, que mergulhados no maior dos dramas de um pai, conseguiam pensar em ajudar os outros.

No dia 26 de maio passado, numa das poucas conversas que tive com a Carol durante o tratamento, pela internet, ela me contou de várias outras famílias que conheceu em São Paulo. Crianças, pais, tios, irmãos, todos arrastados pelo câncer à capital paulista, onde tinham mais chances de tratamento e cura. Foi assim com a Ana, foi assim com dezenas de outros meninos e meninas, e é assim que vai continuar sendo.

Nos preparávamos, eu e a Carol, para tentar contar algumas dessas histórias. Ainda não sabíamos onde, se num blog, num livro, numa revista ou num jornal. Até junho passado, a contagem regressiva era primeiro pela volta deles a Manaus, com a Aninha salva. Depois que parentes e amigos fossem ao aeroporto recebê-los em festa, comecaríamos a conversar sobre os pequenos amazonenses que, em São Paulo, não tiveram a chance da Ana, de terem sua história divulgada e de contar com a torcida de tanta gente ao redor do país. Carol me contava que ela e o Marcos começavam a pensar numa forma real, prática de começar a debater o tema e propor soluções.

Brinquei com a Carol sobre ser seu criado. Os ajudaria, a ela e ao Marcos, no que fosse necessário. Com a autorização e a ajuda das famílias, tentaríamos materializar tantas histórias de sofrimento. A intenção da Carol era a de sensibilizar autoridades, mas mais importante, a sociedade amazonense, para a necessidade de um centro de referência em tratamento de câncer, aqui mesmo em Manaus.

Quis o destino que, uma semana depois daquela conversa, a doença da Ana tivesse voltado. E que domingo, um mês e um dia depois da notícia, seus amigos estivessem diante daquela porta de desembarque no aeroporto Eduardo Gomes, esperando para chorar a sua morte e abraçar seus pais.

Concordávamos que não fazia sentido que uma das cidades mais ricas do país não conseguisse fazer exames médios ou que não tivesse uma UTI pediátrica em seu hospital especializado, e que nossos pacientes precisassem esperar semanas para ter o resultado de um exame. Não é necessário dizer que no tratamento do câncer a diferença entre vida e morte quase sempre é contada em dias.

A Aninha foi enterrada anteontem, ainda é tudo muito dolorido para todos. Se eles tivessem voltado pra Manaus com ela saudável, ainda estaríamos festejando um milagre, e toda a festa do mundo não seria suficiente para comemorar sua saúde. Voltaram com ela morta, e não há tempo suficiente que vá curar a saudade. É muito cedo pra tudo.

Mas com as palavras da Carol e do Marcos diante do caixão da Aninha, eu soube que, mais do que nunca, eles desejam que o maior legado da filha, a solidariedade, ajude outras crianças a serem mais apoiadas, tanto pelos governos quanto pela sociedade.

Honestamente, depois dos últimos dez meses, não vou me importar em ser acusado de estar “politizando” a história da Ana. Outra das lições daquela menina foi a noção de perspectiva que ela me ensinou, mesmo sem querer. Com a dimensão da sua história, perdi vários medos e sublimei vários “problemas”, que depois da história dela, viraram bobagens pessoais minhas. Sei que isso ocorreu com muita gente.

Mais do que a mobilização inédita criada em São Paulo pela doação de sangue em pleno carnaval, a vida e a morte da Ana precisam ser relidas de todas as formas possíveis, como uma homenagem. O drama dela e de seus pais foi o drama de uma família que podia pagar um plano particular de saúde, que tinha familiares em São Paulo que pudessem hospedá-los, que recebeu ajuda de conhecidos e desconhecidos. Carol e Marcos têm amigos advogados, médicos e funcionários públicos. De alguma forma, sempre que precisaram, alguém tentou ajudá-los.

Essa é a exceção, e não a regra. Não é hora de começar a luta para que os amazonenses tenham melhor estrutura de tratamento do câncer. Agora é hora de chorar, sentir saudade, prestar homenagens à Aninha e apoiar sua família. Mesmo que a própria Carol já tenha “politizado” sua história, diante do corpo da própria filha, nunca estaremos inteiramente preparados para debater o aspecto público, do acompanhamento e do tratamento destes doentes, sem sermos acusados de tentar macular o governante X ou osecretário Y.

Pra mim, no entanto, a história da Ana é muito maior do que as críticas que se possa fazer ao sistema de saúde amazonense. Como também é muito maior do que a defesa automática que pessoas ligadas aos governos venham a fazer, desde cedo pedindo que não se leve a história da Ana para o lado do governo.

Não, essa história não é a da Ana. Essa é a história do pequeno Huascar, de 3 anos, que há dois anos atrás tinha apenas um mês de vida, e que hoje continua seu tratamento em São Paulo. É a história da Beatriz, de 14 anos, mesatenista que descobriu um câncer no fêmur e ficou à base de morfina, até conseguir se mudar pra São Paulo. Essa é a história de João Bosco, de 29 anos, pai de uma menina de 6 anos, que descobriu o pior tipo de leucemia e até hoje faz tratamento em São Paulo, pagando remédios de 9 mil reais, e que só poderá deixar o hospital depois de pagar a dívida.

Faz parte da herança da Ana que tomemos conhecimento dessas histórias, não porque gostamos ou não do governo. É preciso que deixemos nosso pirão diário de lado, nem tudo gira ao redor da nossa missão diária de defender ou atacar quem banca o nosso almoço. Enquanto deixamos que crianças doentes dependam do Dia Feliz de uma rede de fast-food, enquanto esperamos que meninos e meninas ganhem latas de leite como caridade de órgãos públicos, mais crianças, jovens, adultos e velhos vão continuar essa via crucis atrás de tratamentos — que temos dinheiro pra ter aqui.

É essa a solidariedade que a história da Ana deixou evidente. A solidariedade que uniu milhares de pessoas no Brasil inteiro, em oração, pela saúde dela. Com sua morte, ficamos aqui embaixo com a saudade, a tristeza, mas também com dezenas, talvez centenas de Anas à espera de ajuda.

Os exemplos que dei acima não são de pessoas pobres. Huascar é filho de uma funcionária da FCECON, Beatriz é aluna do Adalberto Vale, filha de uma professora e de um autônomo. Ana Luiza deixou uma família linda, feliz, estruturada, que podia pagar um plano de saúde e tinha muitos amigos.

Muitos outros não têm nada disso. Há várias instituições em Manaus que recebem pessoas vindas do interior, sem qualquer assistência. Pessoas que esperam 15 dias pelo resultado de uma biópsia, que sofrem queimaduras porque os aparelhos de radioterapia no Amazonas são antigos. Pessoas que não sabem, muitas vezes, a gravidade da doença que têm. Muitas morrem sem saber das chances que poderiam ter se nossa estrutura fosse melhor.

O câncer não muda, é doença grave em quem pode e em quem não pode se tratar. Você pode tomar conhecimento dessas histórias e se ofender, achar que eu as uso pra criticar quem quer que seja. Você, que quer criticar, pode achar que eu estou fazendo discurso político e quer fazer côro comigo. Nada disso muda a realidade, e a realidade é que essas pessoas existem.

Eu queria muito que a Aninha ainda estivesse aqui conosco. Sei que, assim que pudesse, ela e os pais iam tentar ajudar o Amazonas a tratar melhor as pessoas que precisam de ajuda contra o câncer.

Mas a Aninha morreu. Nós, que a amávamos e cujas vidas foram tocadas pela vida dela, ficamos aqui. Há muito o que pode ser feito para outras pessoas que sofrem com essa doença.

Naquela conversa do dia 26 de maio, enquanto criava coragem para empunhar a bandeira dos pacientes de câncer no estado, a Carol me reapresentou a um texto antigo, que eu já não lembrava mais, e que naqueles dias a ajudava a pensar mais seriamente no assunto. Era sobre os julgamentos e as possíveis críticas que ela e o Marcos receberiam, por se meterem num mundo tão cheio de verdadeiros sacerdotes a serviço do bem público, a Política:

As pessoas são irracionais, ilógicas e egocêntricas.

Ame-as MESMO ASSIM.

Se você tem sucesso em suas realizações, ganhará falsos amigos e verdadeiros inimigos.

Tenha sucesso MESMO ASSIM.

O bem que você faz será esquecido amanhã.

Faça o bem MESMO ASSIM.

A honestidade e a franqueza o tornam vulnerável.

Seja honesto MESMO ASSIM.

Aquilo que você levou anos para construir, pode ser destruído de um dia para o outro.

Construa MESMO ASSIM.

Os pobres têm verdadeiramente necessidade de ajuda, mas alguns deles podem atacá-lo se você os ajudar.

Ajude-os MESMO ASSIM.

Se você der ao mundo e aos outros o melhor de si mesmo, você corre o risco de se machucar.

Dê o que você tem de melhor MESMO ASSIM.

Veja que, no final das contas, é entre você e Deus.

Nunca foi entre você e as outras pessoas.

Madre Tereza de Calcutá

Há dias eu choro, todos choramos.

Mas ainda há choros que podemos ajudar a enxugar.

A Carol e Marcos são meus faróis sobre a história da vida e da morte da Aninha.

Mudou tudo. Mas no que eles precisarem, eu vou me dispor a ajudar.

Era isso.

disponível em: <http://blogs.d24am.com/omalfazejo/2011/07/12/o-legado-de-ana-luiza/>

sexta-feira, 8 de julho de 2011

O que significa a reforma íntima?

Caro leitor, você sabe com clareza, tem consciência que reforma precisa fazer em seu interior? Ou seja, quais os maus hábitos e imperfeições que traz de outras encarnações?

Se não sabe, certamente irá levá-los para a próxima encarnação, atrasando a sua evolução espiritual (aqui explica por que a evolução do ser humano é lenta).

Por isso, a reforma íntima é a finalidade maior de uma encarnação, mas poucas pessoas estão suficientemente conscientes disso e engajadas efetivamente nessa mudança, nesse trabalho interior de autoconhecimento.

Reencarnamos para compreender e procurar melhorar as nossas tendências, inclinações negativas, isto é, o nosso modo inadequado de pensar, sentir e reagir diante dos acontecimentos da vida. Sendo assim , como você costuma reagir aos acontecimentos da vida?

Você se magoa fácil? É uma pessoa rancorosa, jamais esquece o que alguém lhe fez? É vingativo? É uma pessoa explosiva, agressiva, pavio curto, age por impulso e depois se arrepende, fica com remorso? É autoritário, odeia ser contrariado, contestado? Costuma se sentir menos diante das pessoas? É inseguro, medroso, se desvaloriza, se sente incapaz? É possessivo, ciumento, controlador? É vaidoso, sempre preocupado com o que as pessoas vão pensar de você?

Então, reforma íntima é se conscientizar e eliminar, ou mesmo atenuar o que emerge de negativo dentro de nós diante dos acontecimentos da vida.

Há muito tempo atrás, era consultor do SEBRAE, ministrava palestras e cursos de treinamento em relacionamento interpessoal nas empresas. No final dos cursos, pedia aos participantes avaliarem (sem se identificarem) as suas expectativas - se foram ou não supridas - em relação ao conteúdo programático, carga horário, qualidade do curso, etc., e de quem o ministrou. As avaliações eram sempre muito boas, até que um dia, um dos participantes - no total de 50 - avaliou de forma muito negativa o curso e a minha atuação, dizendo que estava muito frustrado e bastante decepcionado, saindo com uma imagem muito negativa à meu respeito e do curso. Ao ler a avaliação, emergiu em mim, de forma intensa, sentimentos de rejeição, incapacidade, desvalorização, raiva, decepção, etc.

Após refletir sobre esses sentimentos que emergiram dentro de mim, vim a perceber - para o meu espanto - o quanto era vaidoso (até então não tinha consciência disso), perfeccionista, lidava mal com uma opinião não favorável, exigente comigo mesmo, pois desconsiderei as outras 49 avaliações positivas.

Na verdade, aquela avaliação negativa foi um gatilho que desencadeou as minhas imperfeições, traços de personalidade, que certamente trago de outras encarnações. Percebi também ao relembrar outros acontecimentos de minha vida, que reagi de forma similar à avaliação daquele participante do curso.

Freud, o pai da psicanálise, definiu neurose como compulsão a repetição, isto é, o médico Vienense afirmava que o neurótico repete sempre os mesmos padrões patológicos de pensamentos, sentimentos e atitudes, oriundos de experiências traumáticas vividas na infância. Mas como Freud não lidava com a tese da reencarnação, isto é, lidava apenas com essa vida, achava que a neurose era fruto de experiências traumáticas da infância.

No entanto, a grande maioria de meus pacientes, quando passam pela TRE, através da regressão de memória, ou quando seus mentores espirituais lhes revelam a causa de seus problemas (fobias, depressão, síndrome do pânico, ciúme doentio, compulsão alimentar, etc.) se dão conta que a origem de seus comportamentos neuróticos advém de experiências traumáticas não desta vida, mas de suas vidas passadas. Nesta terapia, eles se conscientizam que trazem maus hábitos e traços de personalidades negativos de outras encarnações, reagindo de forma similar aos acontecimentos que lhes desagradam ficando tristes, magoados, irritados, agressivos, sentindo-se rejeitados, desvalorizados, como se sentiam em suas vidas pretéritas.

Portanto, reforma íntima é observarmos como costumamos reagir aos acontecimentos da vida e procurar nos melhorar eliminando ou mesmo minimizando as nossas atitudes negativas. Isso é evolução espiritual e a verdadeira cura do ser humano.

Caso Clínico:

Por que apesar de minha competência não cresço profissionalmente?
Homem de 35 anos, divorciado.

Paciente veio ao meu consultório querendo entender por que não ascendia, não era promovido, não crescia em sua carreira profissional.

Divorciado, queria entender também por que em seus relacionamentos afetivos, as mulheres se desinteressavam por ele e acabavam se afastando, rompendo o relacionamento. E no trabalho se sentia perseguido e incompreendido pelos colegas e chefia. Desta forma, cultivava com freqüência sentimentos de rejeição, autopiedade, inferioridade, vitimismo e persecutoriedade, pois achava que todo mundo queria prejudicá-lo. Por fim, queria saber também por que não concluía o que começava e tinha tanto medo, fobia de altura.

Depois de duas sessões de regressão, na 3ª e última sessão, após passar pelo portão (nessa terapia, sempre utilizo como recurso técnico um portão, isto é, um portal, que separa o passado do presente, o mundo espiritual do mundo físico), ele me relatou: Vejo um abismo... É um lugar muito escuro (o paciente estava descrevendo o plano espiritual inferior, as trevas). (pausa).

Estou procurando alguém... Acho que é uma mulher, mas não a vejo(é comum também nessa terapia, os pacientes trazerem algo de forma intuitiva, ou seja, em impressão, sensação, e não necessariamente de forma visual).

- Vamos fazer juntos a oração do perdão, emanando - através das mãos - a luz dourada de Cristo para essa mulher, esse ser espiritual - Peço ao paciente. (pausa).

Ela foi para a luz... Usava uma roupa preta (os habitantes das trevas usam roupas, mantos, túnicas pretas, diferentemente dos seres de luz, cujas roupas normalmente são brancas) e ao emanarmos a luz dourada, essa mulher chorava muito...Eu a abracei, depois ela foi embora, indo para uma luz maior(paciente fala emocionado). (pausa).

Alguém me dá os parabéns... Diz que é o meu mentor espiritual. (pausa).

- Pergunte se ele tem mais algo a lhe dizer? - Peço ao paciente.
“Ele pede para ter paciência... repete várias vezes essa palavra”.
- Pergunte ao seu mentor espiritual por que as mulheres acabam se afastando, desinteressando por você? - Peço ao paciente.
“Esclarece que vem do meu desamor, da falta de amor-próprio, e que preciso acreditar, me valorizar mais”. (pausa).

- Pergunte-lhe por que apesar de sua competência, você não é promovido, não cresce profissional e financeiramente?
“Diz que preciso primeiro aprender a valorizar mais as pessoas, depois o lado material, pois não vim nesta encarnação com o objetivo de conquistar posições.

Na verdade, vim mais com o intuito de ajudar as pessoas, o que não fiz nas vidas passadas. Diz ainda que na existência passada era uma pessoa muito rica, poderosa e, portanto, as experiências de ter posses, poder, já as tive no passado. Mas agora chegou a hora de desenvolver outra coisa”.

- Que coisa? - Pergunto ao paciente.
“A humildade, ele me responde. Como hoje não tenho poder e bens materiais, só me restou desenvolver a minha capacidade, a competência profissional. Ele fala que na vida passada, apesar de ter tido poder, status, dinheiro, nutria sentimento de inferioridade, e que essas aquisições externas apenas mascararam, disfarçaram esse sentimento.

Na vida atual, ainda trago esse sentimento, mas como não tenho essas aquisições externas, procurei desenvolver a competência profissional e trabalhar essa inferioridade. O meu mentor espiritual reafirma que hoje vim para ajudar às pessoas, e que a ajuda não é só materialmente, mas também por meio de gestos e palavras. Fala que vou diminuir o meu sentimento de inferioridade dando amor às pessoas e acreditando mais em mim.

Fala também que não concluo o que começo porque me preocupo ainda só com o lado material. Por isso, preciso dar mais carinho, atenção a quem está junto de mim. Pede para lembrar sempre que sou um ser de luz, e que isso vai clarear o meu caminho da mesma forma que fiz no início dessa sessão quando ajudei àquela mulher que prejudiquei no passado a ir para a luz, mandando a luz dourada de Cristo. Pede para confiar sempre nessa luz que tenho dentro de mim.

Explica que aquela mulher, na verdade, aceitou no astral vir hoje como minha filha, mas que a rejeitei quando levei a minha ex-esposa para fazer o aborto numa clínica médica. Com isso, contraí duas dívidas cármicas: uma já saldei ao ajudá-la ir para a luz; a segunda dívida é aceitá-la, dessa vez, caso ela venha novamente como minha filha. (pausa).

Eu pergunto ao meu mentor espiritual o que tenho que fazer para ser feliz nessa vida?
Ele me responde: - Ajude as pessoas com palavras e gestos, estendendo a mão como você fez agora com a sua filha abortada, tirando-a das trevas.
Quando alguém te agredir com palavras, não faça o mesmo. O silêncio é o mesmo gesto de dar a mão e tirar as pessoas das trevas”. (pausa).

Eu pergunto ao mentor espiritual por que tenho tanto medo, fobia de altura?
Ele diz: - Um dia você esteve no alto, no bem, mas acabou caindo no mal, nas trevas. Hoje você tem medo de acontecer isso novamente. Você já trabalhou para a luz, esteve a serviço do bem, mas caiu, passou a trabalhar para o mal, para as trevas. Por isso, na vida atual, tem medo que as trevas te puxe novamente para o mal.(pausa).

Eu lhe perguntei como posso superar esse medo?
Ele só pede para eu olhar para cima e ver que o alto é mais profundo do que estar embaixo”.

- Pergunte qual o nome de seu mentor espiritual? - Peço ao paciente.
“Frei Agostinho, é o nome dele”.
- E quem foi Frei Agostinho? - Pergunto novamente ao paciente.

“Diz que é um espírito de luz que acolheu todos aqueles que se arrependeram do mal que fizeram um dia, e que sou mais um do seu rebanho”.

[Osvaldo Shimoda]

As Profecias de Chico Xavier

As Profecias de Chico Xavier

 

 

:: Acid ::

 

O jornal Folha Espírita de maio de 2011 traz uma revelação feita em 1986, pelo médium Francisco Cândido Xavier sobre o futuro reservado ao planeta Terra e a todos os seus habitantes nos próximos anos. A revelação foi feita a Geraldo Lemos Neto, fundador da Casa de Chico Xavier, de Pedro Leopoldo (MG) e da Vinha de Luz Editora, mas somente agora ele resolveu falar.

O "engraçado" é que eu no começo da leitura não botei muita fé nessa "profecia", mas, enquanto lia, fui ficando muito sério. Isso porque as partes que marquei em negrito batem EXATAMENTE com o que Oráculo havia nos falado nas últimas décadas. Muito do que foi previsto, eu compartilhei em posts e comentários no blog antigo (os comentários se perderam para sempre, mas algumas pessoas ainda lembram de eu falar sobre a vinda de refugiados para o Brasil, não é mesmo?). Os posts ainda estão por aí, ou ainda serão publicados (um deles, de 2004, foi publicado agora, que fala de futuros equipamentos pra se comunicar com o mundo dos mortos). E muito do que foi profetizado já era pra ter acontecido, por volta do fim do milênio e começo da década, mas não aconteceu por motivos que nem ele sabia.

Este é um resumo dos pontos interessantes do texto. A íntegra pode ser lida no exemplar nº 439, ano XXXV, de maio de 2011 do jornal Folha Espírita:

"Há muito tempo carrego este fardo comigo e sempre me preocupei no sentido de que Chico Xavier não me falaria tudo o que relato nesta edição da Folha Espírita à toa, senão com uma finalidade específica. Na ocasião da conversa que descrevo nas páginas seguintes, senti que minha mente estava recebendo um tratamento mnemônico diferente, para que não viesse a esquecer aquelas palavras proféticas, e que, em momento oportuno do futuro, eu seria chamado a testemunhá-las.

Tive a felicidade de conviver na intimidade com Chico Xavier, dialogando com ele vezes sem conta, madrugada adentro, sobre variados assuntos de nossos interesses comuns, notadamente sobre esclarecimentos palpitantes acerca da Doutrina dos Espíritos e do Evangelho de Jesus. Um desses temas foi em relação ao Apocalipse, do Novo Testamento. Desde então, em nossos colóquios, Chico Xavier tinha sempre uma ou outra palavra esclarecedora sobre o assunto, pontuando esse ou aquele versículo e fazendo-me compreender, aos poucos, o momento de transição pelo qual passa o nosso orbe planetário, a caminho da regeneração".

Numa dessas conversas, lembrando o livro Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho, escrito pelo espírito Humberto de Campos, Lemos Neto externou ao Chico sua dúvida quanto ao título do livro, uma vez que ainda naquela ocasião, em meados da década de 80, o Brasil vivia às voltas com a hiperinflação, a miséria, a fome, as grandes disparidades sociais, o descontrole político e econômico, sem falar nos escândalos de corrupção e no atraso cultural.

"Lembro-me, como hoje, a expressão surpresa do Chico me respondendo: "Ora, Geraldinho, você está querendo privilégios para a Pátria do Evangelho, quando o fundador do Evangelho, que é Nosso Senhor Jesus Cristo, viveu na pobreza, cercado de doentes e necessitados de toda ordem, experimentou toda a sorte de vicissitudes e perseguições para ser supliciado quase abandonado pelos seus amigos mais próximos e morrer crucificado entre dois ladrões? Não nos esqueçamos de que o fundador do Evangelho atravessou toda sorte de provações, padeceu o martírio da cruz, mas depois ele largou a cruz e ressuscitou para a Vida Imortal! Isso deve servir de roteiro para a Pátria do Evangelho. Um dia haveremos de ressuscitar das cinzas de nosso próprio sacrifício para demonstrar ao mundo inteiro a imortalidade gloriosa!"

Na seqüência da nossa conversa, perguntei ao Chico o que ele queria exatamente dizer a respeito do sacrifício do Brasil. Estaria ele a prever o futuro de nossa nação e do mundo? Chico pensou um pouco, como se estivesse vislumbrando cenas distantes e, depois de algum tempo, retornou para dizer-nos: "Você se lembra, Geraldinho, do livro de Emmanuel A Caminho da Luz? Nas páginas finais da narrativa, no cap. XXIV, cujo título é O Espiritismo e as Grandes Transições, nele Emmanuel afirmara que os espíritos abnegados e esclarecidos falavam de uma nova reunião da comunidade das potências angélicas do Sistema Solar, da qual é Jesus um dos membros divinos, e que a sociedade celeste se reuniria pela terceira vez na atmosfera terrestre, desde que o Cristo recebeu a sagrada missão de redimir a nossa humanidade, para, enfim, decidir novamente sobre os destinos do nosso mundo".

Pois então, Emmanuel escreveu isso nos idos de 1938 e estou informado que essa reunião de fato já ocorreu. Ela se deu quando o homem finalmente ingressou na comunidade planetária, deixando o solo do mundo terrestre para pisar pela primeira vez o solo lunar. O homem, por seu próprio esforço, conquistou o direito e a possibilidade de viajar até a Lua, fato que se materializou em 20 de julho de 1969.

Naquela ocasião, o Governador Espiritual da Terra, que é Nosso Senhor Jesus Cristo, ouvindo o apelo de outros seres angelicais de nosso Sistema Solar, convocara uma reunião destinada a deliberar sobre o futuro de nosso planeta. O que posso lhe dizer, Geraldinho, é que depois de muitos diálogos e debates entre eles foram dadas diversas sugestões e, ao final do celeste conclave, a bondade de Jesus decidiu conceder uma última chance à comunidade terráquea, uma última moratória para a atual civilização no planeta Terra. Todas as injunções cármicas previstas para acontecerem ao final do século XX foram então suspensas, pela Misericórdia dos Céus, para que o nosso mundo tivesse uma última chance de progresso moral.

O curioso é que nós vamos reconhecer nos Evangelhos e no Apocalipse exatamente este período atual, em que estamos vivendo, como a undécima hora ou a hora derradeira, ou mesmo a chamada última hora.

Perguntei-lhe sobre qual fora então as deliberações de Jesus, e ele me respondeu: "Nosso Senhor deliberou conceder uma moratória de 50 anos à sociedade terrena, a iniciar-se em 20 de julho de 1969, e, portanto, a findar-se em julho de 2019. Ordenou Jesus, então, que seus emissários celestes se empenhassem mais diretamente na manutenção da paz entre os povos e as nações terrestres, com a finalidade de colaborar para que nós ingressássemos mais rapidamente na comunidade planetária do Sistema Solar, como um mundo mais regenerado, ao final desse período. Algumas potências angélicas de outros orbes de nosso Sistema Solar recearam a dilação do prazo extra, e foi então que Jesus, em sua sabedoria, resolveu estabelecer uma condição para os homens e as nações da vanguarda terrestre.

Segundo a imposição do Cristo, as nações mais desenvolvidas e responsáveis da Terra deveriam aprender a se suportarem umas às outras, respeitando as diferenças entre si, abstendo-se de se lançarem a uma guerra de extermínio nuclear. A face da Terra deveria evitar a todo custo a chamada III Guerra Mundial. Segundo a deliberação do Cristo, se e somente se as nações terrenas, durante este período de 50 anos, aprendessem a arte do bom convívio e da fraternidade, evitando uma guerra de destruição nuclear, o mundo terrestre estaria enfim admitido na comunidade planetária do Sistema Solar como um mundo em regeneração. Nenhum de nós pode prever, Geraldinho, os avanços que se darão a partir dessa data de julho de 2019, se apenas soubermos defender a paz entre nossas nações mais desenvolvidas e cultas!"

Perguntei, então, ao Chico a que avanços ele se referia e ele me respondeu: "Nós alcançaremos a solução para todos os problemas de ordem social, como a solução para a pobreza e a fome, que estarão extintas; teremos a descoberta da cura de todas as doenças do corpo físico pela manipulação genética nos avanços da Medicina; o homem terrestre terá amplo e total acesso à informação e à cultura, que se fará mais generalizada; também os nossos irmãos de outros planetas mais evoluídos terão a permissão expressa de Jesus para se nos apresentarem abertamente, colaborando conosco e oferecendo-nos tecnologias novas, até então, inimagináveis ao nosso atual estágio de desenvolvimento científico; haveremos de fabricar aparelhos que nos facilitarão o contato com as esferas desencarnadas, possibilitando a nossa saudosa conversa com os entes queridos que já partiram para o além-túmulo; enfim estaríamos diante de um mundo novo, uma nova Terra, uma gloriosa fase de espiritualização e beleza para os destinos de nosso planeta."

Foi então que, fazendo as vezes de advogado do diabo, perguntei a ele: Chico, até agora você tem me falado apenas da melhor hipótese, que é esta em que a humanidade terrestre permaneceria em paz até o fim daquele período de 50 anos. Mas, e se acontecer o caso das nações terrestres se lançarem a uma guerra nuclear? "Ah! Geraldinho, caso a humanidade encarnada decida seguir o infeliz caminho da III Guerra mundial, uma guerra nuclear de conseqüências imprevisíveis e desastrosas, aí então a própria mãe Terra, sob os auspícios da Vida Maior, reagirá com violência imprevista pelos nossos homens de ciência. O homem começaria a III Guerra, mas quem iria terminá-la seriam as forças telúricas da natureza, da própria Terra cansada dos desmandos humanos, e seríamos defrontados então com terremotos gigantescos; maremotos e ondas (tsunamis) conseqüentes; veríamos a explosão de vulcões há muito extintos; enfrentaríamos degelos arrasadores que avassalariam os pólos do globo com trágicos resultados para as zonas costeiras, devido à elevação dos mares; e, neste caso, as cinzas vulcânicas associadas às irradiações nucleares nefastas acabariam por tornar totalmente inabitável todo o Hemisfério Norte de nosso globo terrestre."

Mas, o que aconteceria especificamente com o Brasil?
Segundo o médium, "em todas as duas situações, o Brasil cumprirá o seu papel no grande processo de espiritualização planetária. Na melhor das hipóteses, nossa nação crescerá em importância sociocultural, política e econômica perante a comunidade das nações. Não só seremos o celeiro alimentício e de matérias-primas para o mundo, como também a grande fonte energética, com o descobrimento de enormes reservas petrolíferas que farão da Petrobrás uma das maiores empresas do mundo. O Brasil crescerá a passos largos e ocupará importante papel no cenário global, isso terá como conseqüência a elevação da cultura brasileira ao cenário internacional e, a reboque, os livros do Espiritismo Cristão, que aqui tiveram solo fértil no seu desenvolvimento, atingirão o interesse das outras nações também. Agora, caso ocorra a pior hipótese, com o Hemisfério Norte do planeta tornando-se inabitável, grandes fluxos migratórios se formariam então para o Hemisfério Sul, onde se situa o Brasil que, então, seria chamado mais diretamente a desempenhar o seu papel de Pátria do Evangelho, exemplificando o amor e a renúncia, o perdão e a compreensão espiritual perante os povos migrantes.

A Nova Era da Terra, neste caso, demoraria mais tempo para chegar com todo seu esplendor de conquistas científicas e morais, porque seria necessário mais um longo período de reconstrução de nossas nações e sociedades, forçadas a se reorganizarem em seus fundamentos mais básicos".

Segundo Chico me revelou, o que restasse da ONU acabaria por decidir a invasão das nações do Hemisfério Sul, incluindo-se aí obviamente o Brasil e o restante da América do Sul, a Austrália e o sul da África, a fim de que nossas nações fossem ocupadas militarmente e divididas entre os sobreviventes do holocausto no Hemisfério Norte. Aí é que nós, brasileiros, iríamos ser chamados a exemplificar a verdadeira fraternidade cristã, entendendo que nossos irmãos do Norte, embora invasores a "mano militare", não deixariam de estar sobrecarregados e aflitos com as conseqüências nefastas da guerra e das hecatombes telúricas, e, portanto, ainda assim, devendo ser considerados nossos irmãos do caminho, necessitados de apoio e arrimo, compreensão e amor.

Neste ponto da conversa, Chico fez uma pausa na narrativa e completou: "Nosso Brasil como o conhecemos hoje será então desfigurado e dividido em quatro nações distintas. Somente uma quarta parte de nosso território permanecerá conosco e aos brasileiros restarão apenas os Estados do Sudeste, somados a Goiás e ao Distrito Federal. Os norte-americanos, canadenses e mexicanos ocuparão os Estados da Região Norte do País, em sintonia com a Colômbia e a Venezuela. Os europeus virão ocupar os Estados da Região Sul do Brasil, unindo-os ao Uruguai, à Argentina e ao Chile. Os asiáticos, notadamente chineses, japoneses e coreanos, virão ocupar o nosso Centro-Oeste, em conexão com o Paraguai, a Bolívia e o Peru. E, por fim, os Estados do Nordeste brasileiro serão ocupados pelos russos e povos eslavos. Nós não podemos nos esquecer de que todo esse intrincado processo tem a sua ascendência espiritual e somos forçados a reconhecer que temos muito que aprender com os povos invasores.

Vejamos, por exemplo: os norte-americanos podem nos ensinar o respeito às leis, o amor ao direito, à ciência e ao trabalho. Os europeus, de uma forma geral, poderão nos trazer o amor à filosofia, à música erudita, à educação, à história e à cultura. Os asiáticos poderão incorporar à nossa gente suas mais altas noções de respeito ao dever, à disciplina, à honra, aos anciãos e às tradições milenares. E, então, por fim, nós brasileiros, ofertaremos a eles, nossos irmãos na carne, os mais altos valores de espiritualidade que, mercê de Deus, entesouramos no coração fraterno e amigo de nossa gente simples e humilde, essa gente boa que reencarnou na grande nação brasileira para dar cumprimento aos desígnios de Deus e demonstrar a todos os povos do planeta a fé na Vida Superior, testemunhando a continuidade da vida além-túmulo e o exercício sereno e nobre da mediunidade com Jesus".

Segundo Chico Xavier, o Brasil não terá privilégios e sofrerá também os efeitos de terremotos e tsunamis, notadamente nas zonas costeiras. Acontece que, de acordo com o médium, o impacto por aqui será bem menor se comparado com o que sobrevirá no Hemisfério Norte do planeta.

Outra decisão dos benfeitores espirituais da Vida Maior foi a que determinou que, após o alvorecer do ano 2000 da Era Cristã, os espíritos empedernidos no mal e na ignorância não mais receberiam a permissão para reencarnar na face da Terra. Reencarnar aqui, a partir dessa data, equivaleria a um valioso prêmio justo, destinado apenas aos espíritos mais fortes e preparados, que souberam amealhar, no transcurso de múltiplas reencarnações, conquistas espirituais relevantes como a mansidão, a brandura, o amor à paz e à concórdia fraternal entre povos e nações. Insere-se dentro dessa programação de ordem superior a própria reencarnação do mentor espiritual de Chico Xavier, o espírito Emmanuel, que, de fato, veio a renascer, segundo Chico informou a variados amigos mais próximos, exatamente no ano 2000. Todos os demais espíritos, recalcitrantes no mal, seriam então, a partir de 2000, encaminhados forçosamente à reencarnação em mundos mais atrasados, de expiações e de provas aspérrimas, ou mesmo em mundos primitivos, vivenciando ainda o estágio do homem das cavernas, para poderem purgar os seus desmandos e a sua insubmissão aos desígnios superiores. Chico Xavier tinha conhecimento desses mundos para onde os espíritos renitentes estariam sendo degredados. Segundo ele, o maior desses planetas se chamaria Kírom ou Quírom.

O próprio Emmanuel, através de Chico Xavier, respondendo a uma entrevista já publicada em livro nos diz que as profecias são reveladas aos homens para não serem cumpridas. São, na realidade, um grande aviso espiritual para que nos melhoremos e afastemos de nós a hipótese do pior caminho.