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sábado, 30 de janeiro de 2010

Tuthankamon: reinado

Tutancâmon ascendeu ao trono aos nove anos de idade, sucendendo no cargo a Semenkhkhare, rei sobre o qual se sabe muito pouco (segundo o egiptólogo Nicholas Reeves, Semenkhkhare seria Nefertiti com outro nome), mas, Semenkhkhare era o título dado á co-regentes dos faraós, esse citado era na realidade um nobre, chamado Panhese, da alta estirpe de Amarna que se casou com MeritAton, filha mais velha de Akhenaton, que o sucedeu após sua morte - ambos teriam sido assassinados em Amarna juntamente com quase todos seus moradores, pois "Ay" vizir na época, queria o trono para sí e sem herdeiros seria mais fácil. Por milagre, Tuthankamon e sua irmã Ankhesenamon,conseguiram sobreviver á matança e foram levados a Tebas para serem casados e coroados, ele com 9 anos e ela com 11 anos de idade.

image Tuthankamon e sua irmã Ankhesenamon

Devido à jovem idade do rei, os verdadeiros governantes durante este período foram Ay e Horemheb, dois altos funcionários do tempo de Akhenaton, que mais tarde seriam eles próprios faraós. Ay era, provavelmente amante de Tié e pai de Nefertiti. Durante o tempo de Akhenaton era o intendente dos cargos reais, tornando-se vizir, uma posição de grande prestígio que manteve durante o reinado de Tutancâmon.

No quarto ano do seu reinado o jovem rei mudou o seu nome de Tutankhaton para Tutancâmon ("imagem viva de Amon"). A sua esposa fez o mesmo, passando de Ankhesenpaaton para Ankhesenamon ("ela vive para Amon"). Esta mudança dos nomes está relacionada com a rejeição das doutrinas religiosas de Akhenaton e com a restauração dos deuses antigos. Durante a fase final do reinado de Tutancâmon a repressão sobre o culto aos outros deuses tinha se acentuado, tendo o rei mandado destruir todos os nomes de outros deuses que se achassem em inscrições, com excepção de Aton.

A situação do Egipto parecia ser catastrófica nesta época, a acreditar no texto gravado numa estela, a chamada "Estela da Restauração", que foi encontrada no terceiro pilote do templo de Amon em Karnak. Nele se afirma que os templos dos deuses estavam em pleno estado de decadência e estes, irados, tinham lançado a confusão no país. Até as expedições militares no Próximo Oriente pareciam não alcançar sucesso devido à indiferença perante os templos e os deuses.

Assim, e ainda segundo a estela, o rei terá mandado fazer novas estátuas de deuses, restaurar os seus templos, bem como os cultos diários que ali eram conduzidos pelos sacerdotes.

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